Aborto de anencéfalo é violência contra a vida, diz professora
A professora de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB) e integrante da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Lenise Aparecida Martins Garcia manifestou-se contra a interrupção da gravidez no caso de fetos anencéfalos. Segundo ela, não se pode considerar esses fetos como fetos mortos.
Citando pesquisas e casos nacionais e internacionais, Lenise Garcia ressaltou que não se pode prever quanto tempo uma criança com anencefalia pode viver. Cerca de 1% vive por três meses, outras crianças podem chegar a dez meses e, algumas, podem viver até um ano e dois meses.
Na opinião da pesquisadora, a interrupção da gravidez de anencéfalo pode constituir uma violência contra um ser fragilizado, que tem direitos garantidos na Constituição, e também contra a mãe. “O aborto do anencéfalo junta duas questões éticas: o aborto e a eutanásia, porque não deixa de ser uma eutanásia”, afirmou.
Lenise Garcia participa de audiência pública que discute o assunto na Comissão de Legislação Participativa. A reunião ocorre no plenário 4.