Embrapa nega existência de estudo antropológico sobre terras indígenas

21/08/2013 18h14

Apolos Neto

Embrapa nega existência de estudo antropológico sobre terras indígenas

Um grupo de deputados da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA) foi recebido a última terça-feira (20), no gabinete do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sr. Maurício Lopes. Os parlamentares questionaram Maurício Lopes sobre a existência do suposto estudo produzido pelo órgão, que contestaria diversos processos de demarcação de terras indígenas produzidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Lopes garantiu que a Embrapa jamais elaborou um trabalho neste sentido, apenas subsidiou a Casa Civil com informações públicas sobre a evolução e a dinâmica do uso das terras.

O presidente da Subcomissão de Demarcações de Terras Indígenas, Deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), destaca que a convocação da ministra Gleisi Hoffmann está mantida, faltando apenas marcar uma data. No entanto, o parlamentar admitiu uma chance trocar a convocação por uma audiência na Casa Civil. “Eu espero que ela dê as respostas antes de ser convocada. Se der resposta com prazo, que dia que vai implantar esse grupo de trabalho, qual será esse novo modelo de demarcação, quem vai participar, aí talvez não será preciso convocar. Porém, eu acredito que ela não tem respostas, é muita conversa e pouca atitude”, ponderou o Deputado Nilson Leitão.

Na última sexta-feira (16), foi editado um decreto no Diário Oficial da União (DOU) criando uma mesa de negociação composta por representantes dos povos indígenas, ONGs e a presidência da República. O grupo de trabalho excluiu a participação de produtores rurais e parlamentares do debate. A iniciativa foi encarada como mais um erro político do Palácio do Planalto na condução da política de demarcação.


Apolos Neto (Assessor de Imprensa deputado Jerônimo Goergen – PP/RS)

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