Comissão realiza mesa-redonda com sociólogo Lorenzo Carrasco

Carrasco fez graves acusações sobre uso de ONGs e entidades ambientais como estruturas de inteligência anglo-americana dentro do Brasil
04/09/2013 17h23

O sociólogo e jornalista Lorenzo Carrasco, participou de uma mesa-redonda nesta quarta-feira (4), na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), com o lançamento do livro “Quem manipula os povos indígenas contra o desenvolvimento do Brasil: um olhar nos porões do conselho mundial de igrejas”, no qual faz graves observações contra as principais potências mundiais. Carrasco afirmou que a espionagem promovida pelos Estados Unidos sobre o governo brasileiro vem sendo feita há pelo menos quatro décadas e tem ramificações nos movimentos indigenista e ambientalista. “Usaram o Conselho Mundial de Igrejas como estrutura de espionagem. Agora que está na moda, o governo brasileiro descobre por acaso que está sendo espionado por agências de inteligência americanas. Quero dizer uma coisa muito simples: o coração do aparato ambiental de Greenpeace, WWF e Instituto Socioambiental são parte de estruturas de inteligências dos governos anglo-americanos. E tenho como demonstrar isso, em juízo se necessário”, desafiou Carrasco.

Os membros da CINDRA ouviram com atenção a palestra do pesquisador. Carrasco disse, ainda, que a infiltração estrangeira busca impedir o desenvolvimento da infraestrutura nacional e encarecer os investimentos, em especial na região amazônica, com a criação de zonas de exclusão econômicas em territórios indígenas. “Isso tudo aparece como uma política progressista, de defender os direitos humanitários de índios, de pobres ou camponeses, mas na verdade esconde interesses de uma estrutura de governo mundial”, alertou. Carrasco argumentou que a estratégia também prevê um trabalho minucioso de manutenção dos povos indígenas num estado de desenvolvimento primitivo. “O homem tem por natureza evoluir, desenvolver. Porque esta questão de manter um povo num estágio neolítico. Isso é desumano, é um crime de lesa humanidade, manter um ser humano em condições fixas, como se fosse um animal”, ponderou.

O autor afirmou ainda que o aparato indigenista-ambientalista está sufocando o produtor brasileiro, em especial as pequenas e médias propriedades. Os maiores beneficiados nesse processo, segundo Carrasco, seriam as gigantes do comércio mundial de alimentos. “Estão querendo transformar o Brasil numa grande plantation”, explicou. Carrasco esclarece que a obra não pretende fazer um ataque aos povos indígenas, uma vez que eles são vítimas dessa mesma política. O objetivo é alertar as autoridades brasileiras para a quebra da harmonia racial, através da promoção de uma guerra étnica planejada, que oponha índios e não índios.

Para o presidente da CINDRA, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), as informações apresentadas por Lorenzo Carrasco precisam chegar aos órgãos nacionais de inteligência. O parlamentar encaminhará um exemplar do livro à CPI da Espionagem, instalada nesta terça-feira (3), no Senado. “O Brasil precisa reagir, sair desse estágio de indiferença com relação aos interesses internacionais. Daqui a pouco perderemos nossa soberania sem ouvir um tiro sequer, por pura ingenuidade das autoridades”, advertiu o parlamentar. A CPI da Espionagem foi criada com base nos documentos vazados pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden, que revelam detalhes do monitoramento do governo norte americano sobre o governo e empresas brasileiras.

 

Apolos Neto (Assessor de Imprensa deputado Jerônimo Goergen – PP/RS)

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