A Comissão da Amazônia Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional realiza hoje, dia 25, no plenário 12, às 10h, audiência pública sobre transportes fluviais e as vítimas de escalpelamento na Amazônia, atendendo aos requerimentos dos deputados Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), Marcelo Serafim (PSB-AM) e da presidente da CAINDR, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Foram convidados para o debate: Ministro da Saúde, José Gomes Temporão; Ministro da Previdência Social, Luiz Marinho; Vice-almirante Paulo José Rodrigues de Carvalho, da Capiania dos Portos; Presidente da Associação das Mulheres Escalpeladas do Amapá, Maria do Socorro Pelaes Damasceno; o médico especialista no assunto, Carlos Borges Leal de Brito, representantes do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Ministra Nilcéia Freire e da Secretária de Políticas para as Mulheres do Estado do Amapá, Ester de Paula Araújo.
De acordo com o Centro de Voluntariado da Amazônia, instituição que auxilia no combate ao escalpelamento, centenas de mulheres e crianças já foram vítimas devido as condições precárias dos barcos.
Segundo explica Marcelo Serafim o problema é agravado pela falta de condições de atendimento pelo Sistema Único de Saúde-SUS. Faltam equipamentos e medicamentos para as cirurgias e ausência do importantíssimo acompanhamento psicológico.
A deputada Vanessa Grazziotin lembra que a região Amazônica possui 23 mil quilômetros de rios propícios à navegação e conta com cerca de cem mil embarcações, das quais 1/3 são clandestinas. “Este é um fato que aumenta o risco de acidentes na região. Os casos de escalpelamento, por exemplo, que ocorrem quando a pessoa ao se abaixar tem o cabelo enroscado no eixo descoberto, são constantes e não páram de aumentar. Noventa e sete por cento são em crianças e a grande maioria do sexo feminino”, destaca.

Diovana Miziara

Edição e Revisão: Samuel de Souza Silva - samuel.souza@camara.gov.br