Cindra debaterá projeto que expandirá a produção do cacau nos estados da Região Amazônica

Debater um projeto audacioso de expansão da cacauicultura nos estados da Região Amazônica foi o teor do requerimento aprovado pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), na reunião ordinária dessa quarta-feira (20). A propositura foi apresentada pela presidente da comissão, deputada Júlia Marinho (PSC/PA).
22/05/2015 13h45

Para parlamentar, é fundamental, e indispensável, que se tome uma decisão de política agrícola no que diz respeito à cacauicultura. O Brasil possui know how suficiente para liderar os pontos mais expressivos da cadeia produtiva do cacau.

Segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção brasileira estimada de cacau para o ano de 2011 era de 248.165 toneladas, a qual tem a seguinte distribuição nos Estados produtores: Bahia 154.634t (62,3%), Pará 63.739t (25,7%); Rondônia 17.486t (7,1%), Espírito Santo 8.099t (3,3%); Amazonas 3.520t (1,4%) e Mato Grosso 687t (0,3%). No que diz respeito ao estado do Pará, os números que estão sendo coletados no campo, indicam que a produção poderá superar a barreira das 70 mil toneladas.

“Com uma área plantada em torno de 110 mil ha de cacaueiros, cultivados por cerca de 15 mil produtores, o Estado do Pará e o segundo produtor nacional de cacau em amêndoas. A cacauicultura paraense é explorada basicamente por pequenos produtores e estabelecidos, predominantemente, em solos de média a alta fertilidade, destacando-se como uma das mais competitivas do mundo”, disse a deputada.

A cidade de Medicilândia é considerada a capital do cacau no estado. Ainda temos como cidades produtoras do fruto: Novo Repartimento, Tucumã, Pacajá, Anapu, Vitória do Xingu, Altamira, Brasil Novo, Uruará Alenquer, Santarém, Placas, Rurópolis, Trairão, Itaituba, Monte Alegre, Cametá, Mocajuba, Santa Isabel, Castanhal, Acará, Tomé Açu, São Félix do Xingu e Tucumã.

Segundo Júlia Marinho, a produção estável de maiores volumes do produto propiciará à cacauicultura do Pará tirar melhor proveito das reconhecidas qualidades intrínsecas das amêndoas aqui produzidas, garantindo de forma mais competitiva o tradicional e conservador mercado internacional de cacau.

Foram convidados para o debate o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca do estado do Pará, Hidelgardo Nunes, o diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) Helinton Rocha, o superintendente de Desenvolvimento da Região Cacaueira do Estado do Pará (Suepa), Jay Wallace, superintendente de Desenvolvimento da Região Cacaueira do Estado de Rondônia (Suero), Cacildo Viana.