Audiência Pública provoca debate sobre a situação dos Correios
Na última quinta (20), a Comissão de Finanças e Tributação se reuniu em audiência pública conjunta das Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI); de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra) e de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), juntamente com dirigentes e empregados dos Correios, para debater sobre o cenário de crise que a empresa vem passando.
De acordo com o Presidente dos Correios, Sr. Guilherme Campos, a Instituição atua hoje em 5.570 municípios e possui uma presença que nenhuma empresa pública ou privada possui neste país. Guilherme carrega a missão de recuperação dos Correios, e afirma que a situação não é da empresa contra os empregados e nem os empregados contra a empresa, mas pela manutenção de uma empresa que tem uma história de 354 anos junto com o Brasil.
“Fizemos cortes expressivos em funções e posições do organograma, com efeitos a partir desse ano. Além da busca por outras atividades, como o Correio celular”, esclarece Guilherme, garantindo trabalhar nisso com muito empenho.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), autor do requerimento na CFT, desaprova qualquer radicalismo e faz uma análise entre os membros de uma empresa. Ele sustenta a ideia de que “a sobrevivência de qualquer estatal está na compreensão e capacidade de diálogo entre os governantes e gestores com os seus servidores”. Hauly explica que o distanciamento entre eles gera a aproximação da crise.
O Secretário-Geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios – FENTECT, Sr. José Rivaldo, também repudia qualquer comportamento radical e defende que os Correios devem apresentar um plano para aumentar a receita antes de realizar cortes dos servidores.
Reportagem - Marcela Lemgruber