07/10/15 - Apresentação do Mapa do Ensino Superior no Brasil pelo Semesp

Semesp apresenta o Mapa do Ensino Superior no Brasil para a Comissão e Deputados conheceram o panorama da educação superior do país
08/10/2015 12h55

O panorama da educação superior brasileira foi discutido hoje na Comissão de Educação. A quinta edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, estudo desenvolvido pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior - Semesp trouxe aos membros da Comissão um panorama completo e detalhado da educação superior do país.

O diretor do Semesp, Rodrigo Capelato, antes de começar sua apresentação disse que criou o material pensando em um conteúdo que dê subsídios para os parlamentares na hora da criação de políticas públicas. De 2000 até 2013, o número de matrículas no ensino superior subiu 130%. Diversos fatores contribuíram para este aumento. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB e o Prouni contribuíram para o avanço.

Os cursos à distância foram importantes para a inclusão de pessoa com idade mais elevada. O principal programa estudantil que elevou esse número foi o Fundo de financiamento estudantil - FIES, que em 2010 teve uma reformulação, segundo Capelato, esse número não teria chegado a este patamar se não fosse o FIES.

A porcentagem de estudantes na rede privada chega a 75%, uma das metas do Plano Nacional de Educação é igualar as matrículas públicas e privadas. Rodrigo afirmou que “Isto tem que se dar muito mais no aumento de matriculas em instituições públicas, do que restrição em qualquer instituição privada” e completou dizendo que é necessário aumentar a taxa de escolarização líquida, o que significa inserir jovens de 18 a 24 anos no ensino superior, já que esta é considerada a idade “certa” para se cursar o ensino superior.

Hoje o Brasil tem apenas 16,2% de taxa de escolarização líquida, a meta do Plano Nacional de Educação - PNE até 2024 é chegar aos 33%. Pesquisas mostram que 75% dos alunos ingressantes no FIES estudaram em escola pública, 80% tem renda equivalente a 1,5 salários e 65% são jovens de 18 a 24 anos. “Antes o aluno escolhia o curso que cabia no bolso dele, hoje ele escolhe a instituição e o curso de sua preferência” disse o diretor. Porém, com as restrições ao FIES que ocorreram esse ano, a meta poderá chegar ao máximo de 20% segundo o Semesp. O deputado Izalci (PSDB/DF) se diz preocupado com o PNE e ressaltou, “dificilmente atingiremos tais metas, por isso temos que nos dedicar a cobrar isso mais firmemente do governo. Se não vai ficar em um plano de intenções”.

 

Apresentação Mapa 2015 - Semesp