Toda a movimentação ocorreu durante a reunião ordinária deliberativa da Comissão, que ficou com o plenário lotado devido à presença dos estudantes.  Na oportunidade, Yann Evanovick e Marcela Rodrigues, diretora de Relações Institucionais da UNE, pediram aos deputados que subscrevessem as emendas e que apoiassem, entre outras questões, a defesa de 10% do PIB para a educação.

De acordo com Yann Evanovick, a destinação de 10% do PIB é a principal bandeira entre as emendas apresentadas porque “a construção de mais escolas, qualificação de professores e melhoraria da educação perpassa diretamente pela quantidade de recursos”, defendeu Evanovick.  O percentual é 3% maior do que a proposta encaminhada pelo poder executivo ao Congresso Nacional.

Para a representante da UNE, a destinação de 7% do PIB não é suficiente para que a educação pública dê um salto de qualidade. Ela afirma que “as metas propostas são modestas e recuadas e não atendem ao desafio que a educação pública tem para os próximos 10 anos”, defende. De acordo com Marcela Rodrigues, as emendas apresentadas pela UNE e UBES tratam de demandas que exigem mais recursos.

Em seguida, os representantes do movimento estudantil também fizeram a entrega das emendas ao presidente da Câmara, Marco Maia. O presidente se comprometeu a assegurar um debate democrático e tramitação rápida do PNE. A presidente da Comissão de Educação da Câmara, que também participou da reunião, se comprometeu em negociar com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Comissão de Educação do Senado, a busca de uma estratégia comum para acelerar a tramitação do PNE.

PL 8035/10

por Vanessa Vieira.