De acordo com Cláudio Márcio Magalhães, presidente da ABTU, existem atualmente no Brasil 151 televisões universitárias, sendo que 51 delas estão associadas. "Nenhum país do mundo tem essa quantidade de TVs universitárias, e o melhor é que parte delas estão associadas", destacou Magalhães. Segundo ele, este número ainda não é maior por dificuldades no trâmite jurídico. Apesar do crescimento, Magalhães enfatizou que os números representam a participação de apenas 6% das Instituições de Ensino Superior.

Alencar Mello Proença, Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, enfatizou o importante papel das TVs universitárias para permitir que o conhecimento científico gerado na academia chegue ao público rapidamente e de maneira compreensiva. Destacou, também, que a audiência foi positiva ao organizar uma comissão para realizar a 1ª Conferência das TVs universitárias: "É importante que a sociedade tenha possibilidade de acompanhar esse debate. As TVs universitárias têm o importante papel de comunicar para a população o que está sendo produzido na academia e também de buscar na sociedade as demandas atuais para o universo acadêmico", opinou.

Durante o evento, a deputada Luiza Erundina (PSB/SP) recebeu homenagem da ABTU por sua incansável luta pela implementação da TV Universitária. A parlamentar manifestou sua gratidão pela homenagem e afirmou que "a audiência pública é uma importante iniciativa, já que o setor de comunicação do país precisa ser mais contemplado nos debates realizados pela sociedade". Para a deputada, o Brasil está atrasado cerca de 50 anos, pois, apesar da Constituição de 1988 ter avançado quanto à comunicação social (arts. 220 ao 224), continua pendente a regulamentação da matéria.

O deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), presidente da CEC, destacou a importância dos canais universitários para a democratização da comunicação e como instrumento de coesão da academia com a comunidade.

por Vanessa Vieira.