Professor defende mais investimentos na primeira infância

15/10/2007 11h35

O diretor do Centro para os Direitos Humanos das Crianças da Universidade de Loyola (EUA), professor James Garbarino, defendeu há pouco maiores investimentos do governo em ações para a primeira infância (0 a 3 anos). Ele argumenta que os resultados das políticas públicas para crianças nessa faixa etária são muito rápidos e garantem a recuperação de quase 100% dos atendidos. Garbarino participa do seminário internacional &quot;Educação no século 21: modelos de sucesso&quot;, promovido pela Comissão de Educação e Cultura e o Sistema Confederação Nacional do Comércio (Sesc-Senac). <br />
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Ele citou como exemplo do efeito de ações nessa faixa etária o atendimento de instituições governamentais americanas a crianças vítimas indiretas (vizinhos e estudantes de escolas de Nova York) dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2000. Garbarino explicou que pesquisa com essas crianças, seis meses depois, mostrou que 80% delas já haviam se recuperado dos traumas. <br />
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James Garbarino afirmou em sua palestra que as ações e programas para a primeira infância devem ser desenvolvidos a partir de uma perspectiva ecológica, ou seja, que considere o contexto onde são aplicadas. Ele argumenta que não adianta garantir mais livros, mais brinquedos e alimentação adequada sem estabelecer mecanismos que também assegurem a segurança socioeconômica da família, em especial das mães - responsáveis pela educação dos filhos na maioria dos casos. <br />
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Diálogo <br />
Na abertura do seminário, o presidente da Comissão de Educação, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), lembrou as mudanças legais feitas pelo Congresso para melhorar as condições do sistema educacional e o diálogo entre o Parlamento e o Ministério da Educação. Ele afirmou que a inclusão das creches na medida provisória 339/06, que regulamentou o Fundeb, por exemplo, foi compreendida pelo MEC e vai permitir o atendimento de crianças na primeira infância com os recursos do fundo. <br />
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Outra mudança na legislação comentada por Gastão Vieira foi aprovação, pela Comissão de Educação, neste mês, do piso salarial nacional unificado de R$ 950 para os professores do nível básico (ensino fundamental e médio) da rede pública, a partir de 2010. <br />
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Ele acredita que os três seminários vão contribuir para ampliar o diálogo com sociedade e aperfeiçoar propostas para a área de educação com o objetivo de melhor os serviços oferecidos pela União, estados e municípios. <br />
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Os debates ocorrem no auditório Nereu Ramos. <br />
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Reportagem - Roberto Seabra <br />
Edição - Paulo Cesar Santos <br />
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