Presidente da Comissão de Educação defende renúncia de reitor da UnB
Vieira (PMDB-MA), defendeu a renúncia do reitor da UnB, Timothy Mulholland, em razão das denúncias relacionadas à reforma de seu apartamento funcional. A reforma teria custado R$ 350 mil reais. Vieira afirma que o caso deve ser usado nas discussões sobre autonomia e eleições diretas nas universidades durante o debate sobre a reforma universitária.
O afastamento involuntário do reitor só pode
acontecer por decisão do presidente da República, após o resultado de
um processo disciplinar ou por decisão da Justiça. Mulholland fez parte
de uma lista tríplice eleita pela UnB e enviada para o Ministério da
Educação. Ele foi indicado pelo governo em 2005 e tem mandato de quatro
anos.
Mas, para GASTÃO
Vieira, a situação é emergencial. “Na emergência, acho que o MEC
deveria colocar alguém lá para encerrar esse período e ver efetivamente
o que está ocorrendo com uma instituição tão prestigiada e tão
importante politicamente para o Brasil como é a UnB”, disse.
Eleição direta
No
ano passado, a Comissão de Educação aprovou um projeto de lei que
estabelece a eleição direta para reitor nas universidades. Ou seja, não
haveria mais lista tríplice. O deputado GASTÃO Vieira acredita, porém, que a autonomia das universidades deve ter uma maneira de ser avaliada.
Segundo
ele, o que está em xeque é o que considera “autonomia absoluta” das
universidades. “Você não está discutindo que o reitor fez um
laboratório de R$ 400 mil reais usando cartão corporativo. Está-se
discutindo a decoração do prédio onde mora o reitor”, lembrou.
Na
carta em que informa a desocupação do imóvel objeto das denúncias,
Mulholland reafirma que as reformas tinham o objetivo de tornar o
imóvel um espaço de acolhimento de autoridades e pesquisadores
nacionais e estrangeiros. (Sílvia Mugnatto)
Jornal da Câmara