Presidente da Comissão de Educação defende renúncia de reitor da UnB

14/02/2008 23h00
O presidente da Comissão de Educação, deputado GASTÃO

Vieira (PMDB-MA), defendeu a renúncia do reitor da UnB, Timothy Mulholland, em razão das denúncias relacionadas à reforma de seu apartamento funcional. A reforma teria custado R$ 350 mil reais. Vieira afirma que o caso deve ser usado nas discussões sobre autonomia e eleições diretas nas universidades durante o debate sobre a reforma universitária.

O afastamento involuntário do reitor só pode acontecer por decisão do presidente da República, após o resultado de um processo disciplinar ou por decisão da Justiça. Mulholland fez parte de uma lista tríplice eleita pela UnB e enviada para o Ministério da Educação. Ele foi indicado pelo governo em 2005 e tem mandato de quatro anos.
Mas, para GASTÃO Vieira, a situação é emergencial. “Na emergência, acho que o MEC deveria colocar alguém lá para encerrar esse período e ver efetivamente o que está ocorrendo com uma instituição tão prestigiada e tão importante politicamente para o Brasil como é a UnB”, disse.
Eleição direta
No ano passado, a Comissão de Educação aprovou um projeto de lei que estabelece a eleição direta para reitor nas universidades. Ou seja, não haveria mais lista tríplice. O deputado GASTÃO Vieira acredita, porém, que a autonomia das universidades deve ter uma maneira de ser avaliada.
Segundo ele, o que está em xeque é o que considera “autonomia absoluta” das universidades. “Você não está discutindo que o reitor fez um laboratório de R$ 400 mil reais usando cartão corporativo. Está-se discutindo a decoração do prédio onde mora o reitor”, lembrou.
Na carta em que informa a desocupação do imóvel objeto das denúncias, Mulholland reafirma que as reformas tinham o objetivo de tornar o imóvel um espaço de acolhimento de autoridades e pesquisadores nacionais e estrangeiros. (Sílvia Mugnatto)

 

Jornal da Câmara