Órgão do Sistema S critica proposta de reforma
O secretário-executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, também criticou a proposta do governo de reforma do Sistema S. "Fomos pegos de surpresa. Nem conhecemos o projeto", disse. Antes, os representantes da CNI e da CNC também haviam criticado a proposta.
Carrara disse que o Senar tem conselhos deliberativos, dos quais participam representantes de trabalhadores, empresário e governo. Segundo ele, a melhor forma de fazer ajustes no Sistema S seria por meio desses conselhos.
Carrara disse que a proposta do governo critica a distribuição dos recursos dentro do estado, já que recebe mais quem arrecada mais. Ele explicou, no entanto, que o Senar já tem fundos de equalização para redistribuir recursos para estados que arrecadam menos.
Ele afirmou ainda que muitos dos que criticam o Senar não conhecem o trabalho da entidade, que é essencialmente voltado para trabalhadores rurais (90% dos atendimentos beneficiam esse público).
Sem debate
O
presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas de
Juventude, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), reconheceu que pode não
ter havido debate com as entidades integrantes do Sistema S. "Em
política, a forma é tão importante quanto o conteúdo", avaliou.
Lopes disse que, quando o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou a proposta de reforma, revelou preocupação com a formação do ensino médio-técnico. Segundo o deputado, o foco da discussão na proposta do ministro seria direcionar mais o Sistema S para esse tipo de formação.
Carrara participa de audiência, no plenário 10, sobre a reforma do Sistema S.
Reportagem - Silvia Mugnatto / Rádio Câmara
Edição - Natalia Doederlein
Agência Câmara