Haddad apresenta diretrizes de fundo para educação profissionalizante e reforma do Sistema S
O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa de reunião, daqui a pouco, onde debaterá com parlamentares a proposta de criação de fundo para investimentos no ensino profissionalizante em parceria com o
Sistema S - conjunto de 11 entidades, como Sesc, Senai, Senac e Sebrae.
A reunião, promovida pelas frentes parlamentares em Defesa das
Políticas Públicas de Juventude e em Defesa da Educação Profissional,
do Ensino à Distância e Novas Tecnologias, terá a participação do presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado João Matos (PMDB-SC) e será realizada no plenário 10, às 14h30. Informações da Agência Câmara e Site do MEC
Haddad vai esclarecer aos deputados quais as diretrizes da proposta do governo e como funcionará o Fundo Nacional de Formação Técnica e Profissional (Funtep). Segundo o ministro, o fundo será composto com recursos destinados ao Sistema S
e vai beneficiar, principalmente, alunos do ensino médio das escolas
públicas e trabalhadores desempregados que recebam o seguro-desemprego .
A
arrecadação para o Sistema S é de 2,5% sobre a folha de salários das
empresas. Hoje, 1,5% é destinado aos serviços sociais e 1% aos serviços
de aprendizagem. O projeto de lei do Funtec, que será enviado ao
Congresso Nacional, prevê a inversão dessas porcentagens: 1% para os
serviços sociais e 1,5% para os de aprendizagem. A regra de
distribuição seguirá critérios como arrecadação nacional, o número de
matrículas gratuitas, os fatores de diferenciação entre os cursos e as
modalidades de formação profissional.
O coordenador da Frente
Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas de Juventude, deputado
Reginaldo Lopes (PT-MG), estima que aproximadamente R$ 8 bilhões sejam
repassados ao Sistema S. "Embora a origem dos recursos venha do
desconto compulsório na folha de pagamento, de uma certa forma o
recurso é pago pelo povo brasileiro, pois ele acaba sendo repassado aos
consumidores", afirmou.