Fórum discute proibição de animais em circos
O Fórum Nacional do Circo Brasileiro, que será realizado nesta
quinta-feira na Câmara, debate a proibição de animais em espetáculos, a
educação para as famílias circences e o uso do espaço público para a
montagem dos circos no Brasil. O evento foi organizado pelo presidente
da Subcomissão de Cultura da Câmara, deputado Paulo Rubem Santiago
(PDT-PE).
Durante
os debates, será lançado o livro "O Palhaço do Circo Quadrado", escrito
por José Carlos Santos Silva, conhecido como Palhaço Plim-Plim, e pelo
escritor Carlos Neves, do Museu do Palhaço na Bahia. A obra conta os 30
dias em que o palhaço ficou preso em uma penitenciária pernambucana por
conta de uma prestação de contas que ele demorou a fazer ao Ministério
da Cultura.
O Palhaço Plim-Plim defende maior incentivo para que
os circos populares consigam se manter e critica a concessão de
incentivos fiscais para montagens estrangeiras, como o Cirque du
Soleil, que está em excursão pelo Brasil. Plim-Plim está com seu
mini-circo, ou o menor circo do mundo, como prefere, instalado no
Parque da Cidade, em Brasília, e está com dificuldade de matricular os
dois filhos que acompanham sua "trupe" no Distrito Federal desde
novembro.
Uso de animais
Tramita na Câmara o Projeto
de Lei 933/07, do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), que proíbe a
utilização ou exibição de animais em atividades circenses no Brasil.
Pelo texto, o circo que descumprir a determinação estará sujeito a
penalidade definida em regulamento e multas, cujos valores serão
destinados ao Fundo Nacional de Meio Ambiente.
A proposta
prevê, ainda, a perda da guarda, posse ou propriedade do animal, a ser
aplicada após procedimento administrativo no qual seja devidamente
comprovada a ocorrência de maus tratos. A Lei dos Crimes Ambientais
(9.605/98) prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de
multa, para aqueles que praticarem abuso e maus-tratos, ferirem ou
mutilarem animais. A mesma lei prevê detenção de seis meses a um ano, e
multa, para quem matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes
da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida
permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
O fórum Será realizado no auditório Freitas Nobre.
Da Assessoria de Imprensa
Edição - Wilson Silveira
Agência Câmara