Educação aprova liberdade de organização de estudantes

26/11/2007 12h55
A Comissão de Educação e Cultura aprovou na última quarta-feira (21) o Projeto de Lei 3847/04, do deputado Marcelino Fraga (PMDB-ES), que regulamenta o direito de organização dos estudantes nas escolas públicas e privadas, no níveis fundamental, médio e superior.

O projeto foi aprovado na forma do substitutivo da relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Conforme esse texto, as escolas deverão assegurar a livre organização estudantil em associações civis que representem os interesses e expressem as reivindicações dos alunos. Os representantes eleitos pelos estudantes ou indicados por suas entidades deverão participar dos órgãos colegiados acadêmicos.

Segundo o texto, as formas de organização e funcionamento dos órgãos de representação serão definidas pelos próprios estudantes, sem interferência das escolas.

Mensalidades
O projeto também prevê o acesso dos alunos de escolas privadas à metodologia de elaboração das planilhas de custos usadas para a fixação do valor das mensalidades.

A proposta garante aos centros acadêmicos o direito de divulgar seus informativos, jornais e outras publicações no espaço da instituição; afixar urnas em recintos da escola durante as eleições estudantis; e livre acesso às salas de aula, mediante comunicação prévia ao professor, assim como aos espaços de circulação de estudantes.

O projeto também assegura a rematrícula de integrantes das entidades estudantis no período de seu mandato, nos estabelecimentos privados, desde que estejam em dia com suas obrigações.

Decisões políticas
A relatora lembra que os jovens têm participado das decisões políticas no âmbito das escolas e do governo por meio da representação legitimada nas urnas dos centros acadêmicos, dos diretórios acadêmicos e dos diretórios centrais de estudantes.

Tramitação
Ao PL 3847/04 foi apensado o PL 5697/05, do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), que garante a liberdade de organização das entidades representativas dos estudantes. Esse projeto também foi aprovado. Os dois tramitam em caráter conclusivo e seguem para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Roberto Seabra
Edição - Patricia Roedel


Agência Câmara