Correção/ Consed alerta para impacto de piso do magistério
Diferentemente do que a Agência Câmara divulgou no dia 14, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) concorda com o piso nacional dos profissionais de educação em R$ 850 e com a carga horária semanal de 40 horas, como propõe o Poder Executivo. Em reunião com integrantes da Comissão de Educação e Cultura, o Consed alertou para o impacto financeiro do piso proposto pelo relator dos projetos de lei 7431/06 e 619/07, deputado Severiano Alves (PDT-BA), de R$ 900 para os profissionais de nível médio; e de R$ 1.100 para os de nível superior. O relator quer ainda reduzir a carga horária para 25 a 30 horas, em ambos os casos.<br />
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Apesar se tratar de uma proposta em aberto - pois o substitutivo ainda não é definitivo -, o relator insistiu: "Admito negociar e ouvir os secretários e o Consed, mas não abrirei mão de um valor mais expressivo para o magistério brasileiro", frisou.<br />
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A representante do Consed e Secretária de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, Marisa Abreu, declarou que o conselho apóia a iniciativa de um piso para a categoria. "Entendemos que a valorização do magistério é condição para o alcance da qualidade da educação", disse. Entretanto, ela explicou que há estados que não teriam condições imediatas de arcar com os custos da elevação do piso proposta pelo relator. Em alguns casos, o impacto na folha de pagamento dos profissionais da educação seria de até 150%. "Sem a necessária complementação de verbas da União, a implantação do piso de R$ 900 e de R$ 1.100 será inviável a curto prazo", alertou.<br />
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Faltam propostas objetivas<br />
Apesar de entender as ponderações do Consed, o relator do projeto disse que o debate só terá avanços de fato se os secretários estaduais apresentarem propostas objetivas, com relatórios de impactos financeiros mais detalhados. "Se ficarmos nesse nível macro, de observações abrangentes, não haverá avanço".<br />
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O presidente da comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), reforçou o pedido para que os secretários apresentem sugestões objetivas, com cálculos sobre impacto financeiro na folha de pagamento dos estados, incluindo aí o pagamento dos inativos, o número de matrículas e a proporção entre piso salarial e jornada de trabalho. Gastão estabeleceu o prazo de uma semana e justificou que até o final deste mês pretende colocar o substitutivo de Severiano Alves em votação.<br />
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A reunião, realizada no gabinete de Gastão Vieira (PMDB-MA), contou com a participação de oito secretários de Educação, dos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro e Ceará.<br />
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Reportagem - Antonio Barros<br />
Edição - Patricia Roedel<br />
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