Autoridades precisam ouvir professores, diz Chinaglia
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse há pouco que passou da hora de o Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais de Educação consultarem entidades que representam os professores antes de tomar decisões. "Não conheço uma categoria que tenha alertado tanto sobre a situação precária de sua área em São Paulo", disse Chinaglia, sobre a contribuição que a categoria pode dar com a percepção dos problemas do setor. <br />
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Ao abrir a sessão solene em homenagem pelo dia do professor, comemorado hoje (15), Chinaglia citou reportagem publicada hoje pela Folha de S.Paulo, segundo a qual os professores da rede pública de São Paulo recebem salários 40% menores que os do Acre. Chinaglia também citou estudo da Unesco divulgado na semana passada, segundo o qual apenas Indonésia e Peru, entre 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento, pagam salários mais baixos para professores que o Brasil. Ainda segundo esse estudo, o salário médio do professor no Brasil representa apenas metade do salário pago aos professores no Uruguai e na Argentina. <br />
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Segundo Chinaglia, para que o sistema educacional possa dar uma virada imediata, será necessária a combinação de salários mais justos com a boa formação continuada dos profissionais. Para ele, a solução do problema passa pela discussão sobre o piso salarial nacional dos professores, por uma reforma curricular e por recursos para a formação continuada, todos temas que têm sido discutidos pelos deputados em sucessivos seminários, principalmente na Comissão de Educação e Cultura, sob direção do deputado Gastão Vieira (PMDB-MA). <br />
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Reportagem - Marcello Larcher <br />
Edição - Wilson Silveira <br />
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