A Comissão de Educação e Cultura realizou nesta quarta-feira, 28,às 11 horas, audiência pública para debater a situação dos cursos de ortodontia e ortopedia facial no país. Solicitada pela deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), a reunião contou com a participação dos representantes do Conselho Federal de Odontologia, Roberto da Veiga Cavali; da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia, Luciano da Silva Carvalho, e da Comissão de Ensino do Conselho Federal de Odontologia, Rubens Corte Real de Carvalho. Ainda, representando o Ministério da Educação, esteve presente o diretor do Departamento de Supervisão da Educação Superior da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Marío Pederneiras, e Ana Stela Haddad, especialista do Ministério da Saúde e professora da Universidade de São Paulo (USP).
 A deputada Professora Raquel justificou a iniciativa em virtude da existência de várias deficiências na estruturação desses cursos, como conteúdos programáticos inadequados e carga horária insuficiente. Ela também criticou a  fragilidade do sistema de avaliação dos mesmos e destacou a necessidade da adoção de medidas para evitar a baixa qualificação dos profissionais que acedem ao mercado.
 De acordo com os dados oferecidos pelo representante da ABOR durante os debates, o Brasil detém 15% dos profissionais do setor no planeta, ostentando média de odontólogos por número de habitantes superior até mesmo à dos Estados Unidos. Luciano Carvalho observou que o Brasil tem, hoje, sete mil e oitocentos ortodontistas formados — o dobro do que dispunha há quatro anos. Da mesma forma, o número de faculdades de odontologia dobrou nos últimos oito anos, perfazendo, em 2005, cento e setenta e quatro faculdades, das quais cento e vinte pertencem à iniciativa privada. A Associação entregou à Comissão documento contendo uma série de propostas para enfrentamento dos problemas na formação profissional do ortodondistas, que vão desde a ampliação da carga horária dos cursos,à periodicidade dos encontros, etc.