Ministro Haddad fala sobre Enem
Marcelo Brandt
Ministro da Educação, Fernando Haddad; Dep Angelo Vanhoni, presidente CEC; Dep Lelo Coimbra, PMDB-ES
“Nós estamos falando de uma mega operação, uma operação muito mais complexa inclusive do que as eleições gerais no país”, destacou Fernando Haddad. Foi com ênfase na grandeza da operação necessária para realizar o Enem, que o ministro Haddad sustentou sua argumentação de que um processo de escala tão grande pode apresentar problemas pontuais e que, no caso dos erros ocorridos em provas desse último enem, as medidas adotadas asseguram o procedimento correto a se seguir.
Mais de três milhões de estudantes fizeram o exame que nos dias 6 e 7 de novembro. A estimativa do Mec é que cerca de 0,1% das provas tenham sido distribuídas com erro. Contudo, Haddad afirmou que a decisão de reaplicar a prova apenas aos alunos prejudicados não foi motivada pela baixa quantidade de inscritos afetados, mas sim por ser o procedimento adequado. O ministro destacou que o fato de o Inep ter adotado a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI) na elaboração de suas provas, após 2008, foi exatamente para permitir comparabilidade, uma vez que “um processo dessa escala pode ter problemas pontuais e precisamos ter as soluções para quando eles ocorrem”, posicionou-se o ministro.
Haddad destacou que em todos os anos anteriores a aplicação do Enem também apresentou problemas pontuais, mas que devido à importância que o exame ganhou ao deixar de ser apenas uma ferramenta de avaliação da qualidade do ensino médio para ser também um instrumento de acesso ao ensino superior, o processo ganhou mais visibilidade na sociedade. O ministro lembrou que a TRI é uma metodologia que “tem aval internacional e respaldo na comunidade científica”.
A data de aplicação de prova aos estudantes prejudicados na primeira edição permanece em dezembro. “O compromisso que nós temos é de divulgar os resultados respeitando o calendário do edital, portanto sem nenhum prejuízo ao calendário estabelecido pelas universidades. Isso significa dizer que as provas devem ser aplicadas em dezembro, com data a ser divulgada após o balanço final dos estados atingidos e do número de pessoas”, disse o ministro e acrescentou que o balanço deve ser finalizado até o fim desta semana.
Fernando Haddad enfatizou que a segunda prova será aplicada sem ferir a isonomia e que terá o mesmo grau de dificuldade por utilizar o método TRI. Ele exemplificou com a medida que é adotada aos apenados em regime fechado. “Por recomendação da polícia federal todos os que estão em regime fechado fazem prova em dia diferente do Enem geral. Por isso, a prova também é diferente, mas elaborada de maneira a permitir a comparabilidade das provas”, contou o ministro.
O deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR), presidente da Comissão de Educação e Cultura, se expressou em nome da Comissão manifestando apoio à decisão do ministro. Vanhoni destacou que “é unanime a visão dos deputados da Comissão de que o caminho é esse que o governo brasileiro vem assumindo na condução da educação. As bases de sustentação de uma sociedade devem ser essas que estamos construindo: a educação e o conhecimento”, finalizou o presidente da Comissão.
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