Ministério destaca ações e políticas para cultura

02/08/2007 16h10

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Dentre as principais ações da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, o subsecretário Ricardo Lima destacou a realização de dois seminários, em 2005 e 2006. No último, segundo ele, houve a participação dos 26 estados da Federação e do Distrito Federal e elaborou-se a proposta de um programa para o setor. De acordo com o subsecretário, a base do documento são o fomento, a inclusão das culturas populares no currículo escolar e a preservação dessas manifestações. Este ano, segundo Lima, o ministério vai realizar o terceiro seminário, que vai privilegiar a participação dos mestres.<br />
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Apesar da precariedade de recursos de que dispõe a secretaria - o orçamento anual seria de apenas R$ 6 milhões -, o órgão pretende servir de modelo para as ações de estados e municípios. O subsecretário ressaltou que o ministério está estabelecendo parcerias com outros órgãos para incentivar a cultura popular brasileira.<br />
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Parcerias<br />
Como exemplo dessas iniciativas, Lima falou sobre um trabalho conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para catalogar os &quot;equipamentos culturais&quot; do País. &quot;Já fizemos o senso de manifestações tradicionais, como o teatro. Agora vamos começar a levantar, no próximo senso, praças, igrejas, terreiros de umbanda&quot;, informou.<br />
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Em parceria com o Ministério do Turismo, o Ministério da Cultura também organiza apresentações de cultura popular nos salões nacionais de turismo. &quot;Organizamos essas apresentações para que as operadoras turísticas possam conhecer nossa diversidade cultural e ampliar o leque de opções a oferecer para os turistas&quot;, disse.<br />
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Formação de jovens<br />
Os participantes da audiência promovida pela Comissão de Educação e Cultura também destacaram a importância de se formarem jovens para que os grupos de cultura popular tenham continuidade. A representante do Fórum de Cultura Popular do Paraná, Tatjane Garcia Allbch, relatou o exemplo de uma comunidade quilombola do Paraná que, por iniciativa própria, começou a trabalhar com suas crianças para transmitir a cultura africana. Segundo a Tatjane, vários jovens já foram retirados da prostituição e das drogas.<br />
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O representante do Fórum de Culturas Populares do Distrito Federal e do Entorno, Anderson Formiga, concordou com a colega do Paraná. Em sua opinião, somente a formação de jovens pode garantir a continuidade dos grupos de cultura. Ele também pediu mais investimentos governamentais em cultura popular. &quot;Foram investidos R$ 3,7 bilhões no Pan. Esporte é competição, cultura a gente compartilha. Se o Brasil começasse a pensar em cultura para integração do Mercosul, seriam ganhos muitos anos nesse processo&quot;, afirmou.<br />
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Reportagem - Maria Neves<br />
Edição - Regina Céli Assumpção<br />
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Agência Câmara