Educação profissional e técnica na Comissão de Educação

Ensino médio e profissionalizante são temas do debate da Audiência Pública
17/11/2015 09h50

Muito se discute sobre o modelo de Ensino do Brasil e este diagnóstico foi debatido na audiência pública do dia 05 de novembro. “O Diagnóstico e as Perspectivas da Educação Técnica e Profissional no Brasil” foi o tema da audiência pública do dia 05 de novembro.

O professor doutor da Universidade Católica de Brasília, Cândido Alberto Gomes, reconheceu que a atratividade da educação profissional é clara, bem como no ensino médio, gera um acréscimo de renda para o estudante, entretanto reclamou que o ensino técnico sofre com a falta de investimentos, dificultando assim, a valorização da modalidade. “O problema não é apenas a educação profissional, ou o ensino médio, é que a educação geral é frágil” afirmou Cândido, “Não há educação melhor do que a educação básica, enquanto não houver uma educação básica de qualidade, mais cara será a profissionalizante”, completou.

Para Simon Schwartzman, professor doutor do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, o modelo do ensino médio brasileiro é antigo, baseado em uma época que poucas era voltada apenas para entrar em uma boa faculdade.  Ele sugeriu que “o ensino técnico de nível médio deveria ser uma das opções de formação no Brasil, o modelo seria baseado em um primeiro estudo de matérias de conteúdo essenciais em uma base comum e a outra metade para aprofundamento em algum tipo de conteúdo que o aluno escolha”.    

O professor disse que “o Brasil é o único país no mundo em que o ensino técnico profissional de nível médio não é uma alternativa de formação, mas apenas uma atividade subsidiária” e concluiu “em todo mundo quando o aluno atinge seus 15 anos, começa a optar e podem escolher o meio acadêmicos ou profissionalizantes”.

O Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Feres, sugeriu uma aproximação nacional entre uma base curricular comum e a educação técnica, “isto seria feito por meio do Banco Nacional Comum de Ensino Técnico Profissional” afirmou Marcelo. Ele alegou que “esta solução vai possibilitar que os estudantes do ensino médio possam cursar a base nacional comum, aprender os conhecimentos necessários e também aprender sobre a formação profissional”, e concluiu “O jovem vai utilizar algo entorno de 20% da sua formação do ensino médio também como formação profissional que poderá trazer muitas oportunidades para essa juventude”.

 

Apresentação Marcelo Feres