Deputados e professores criticam formação de oligopólios no ensino superior

Deputados e professores criticaram a formação de oligopólios no ensino superior no Brasil e a transformação da educação em negócio, em audiência pública na Comissão de Educação nesta quinta-feira (10). A comissão debateu o impacto na qualidade do ensino provocado pela fusão entre as empresas Kroton Educacional e Anhanguera Educacional, anunciada no primeiro semestre. Porém, para grupos privados da educação, as instituições são responsáveis por democratizar o acesso ao ensino superior.
11/10/2013 11h41

Banco de imagens - Agência Câmara

Deputados e professores criticam formação de oligopólios no ensino superior

Valente: fundos de investimentos não se preocupam com qualidade da educação, mas sim com os lucros.

A fusão dessas empresas ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, se concretizada, poderá criar o maior grupo educacional do mundo, com um capital aberto de R$ 12 bilhões. Juntas, as empresas terão mais de 800 unidades de ensino superior e quase 1 milhão de alunos, sendo 486 mil no ensino presencial e 516 mil no modelo de ensino a distância. O debate foi proposto pelos deputados Ivan Valente (Psol-SP), Chico Alencar (Psol-RJ), Jean Wyllys (Psol-RJ) e Celso Jacob (PMDB-RJ).

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino distribuiu comunicado em que informa ser contrária à fusão. A entidade destaca que o número de alunos que a nova empresa Anhanguera-Kroton vai atender corresponde a 20% das matrículas no ensino superior no Brasil, grande parte das quais mantidas por investimentos públicos, por meio de programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Universidade para Todos (ProUni). No caso da educação a distância, a nova empresa concentrará 34% das matrículas.

 

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Fonte: Agência Câmara