Deputados da CEC parabenizam Capes pelos 60 anos de sua criação e pedem revisão dos valores das bolsas de estudo e prioridade para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Em evento realizado na quarta-feira (7/12) no Plenário 10 da Câmara dos Deputados, os deputados Fátima Bezerra (PT/RN), presidenta da Comissão, Profª. Dorinha Seabra Rezende (DEM/TO), Alice Portugal (PCdoB/BA), Waldenor Pereira (PT/BA) e Pedro Uczai (PT/SC) parabenizaram a Capes pelos 60 anos de sua existência.
09/12/2011 13h56

Na oportunidade,  ressaltaram a importância da revisão dos valores das bolsas de estudo hoje oferecidas pelo órgão, como forma de incentivo à ampliação e desenvolvimento da pesquisa científica.  Os parlamentares destacaram, ainda, que é imprescindível o fim da desigualdade do investimento na educação, política que tem penalizado as regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, dificultando a aplicação do preceito constitucional que prevê a disseminação do conhecimento para todo o país.

Na retrospectiva da história da Capes, o atual presidente, Jorge Almeida Guimarães, salientou a figura de seu idealizador, o pedagogo Anisio Teixeira. Em 1951, ano em que foi criada a Capes, o país contava com baixa produção científica e apenas 5 universidades federais. Com o estímulo gerado pela nova entidade, o Brasil deu um salto decisivo nessa área, tendo atualmente 59 universidades federais, com ampla produção científica e acesso democrático.    Ao longo de 6 décadas, a CAPES é considerada um centro difusor e gerador de conhecimento, mediante o estímulo de dezenas de cursos de mestrado e doutorado, com reflexos diretos no aumento de nossa cooperação científica nacional e internacional.

Ações da CAPES

Sobre a política de incentivo à produção científica, Jorge Almeida mostrou que no ano de 2010 aquela Coordenação concedeu 116 mil bolsas de estudos.  Foram 58 mil para pós-graduação e 53 mil para educação básica, além de 5 mil bolsas de estudo para o exterior.  A Capes aumentou a formação de mestres e doutores de 23 mil acadêmicos, em 2000, para mais de 50 mil, em 2009.

A Coordenação conta ainda com um portal de periódicos que hoje é considerado a maior biblioteca virtual do país, oferecendo 29 mil títulos, com mais de 67 milhões de acessos.

Em 2007, teve início o incentivo e indução à formação inicial e continuada para professores da educação básica.

O sistema Universidade Aberta do Brasil registrou, em 2010, 150 mil alunos matriculados e 587 polos em funcionamento.

Em 2009, a Capes alcançou a 13ª posição mundial na classificação mundial em pesquisa científica.

Outra ação, a partir de 2008,   foi a tarefa de iniciar programas de qualificação de professores na educação básica e superior.

Programa Ciência sem Fronteiras – lançamento dia 13 de dezembro

A Capes, segundo Jorge Almeida, é respeitada no mundo todo. “Temos uma nova missão, o ‘Programa Ciência sem Fronteiras’, com a concessão de 75 mil bolsas para jovens estudarem nas melhores instituições de ensino do exterior. Esse programa despertou uma grande atenção de nossos jovens e também do mundo inteiro. Será uma nova missão para a CAPES em ação conjunta com o CNPq. Parte dessas bolsas virá do setor privado”. O programa será lançado no próximo dia 13/12.

Correção dos valores das Bolsas de Estudo

O dirigente da entidade reconhece que é necessária uma nova correção nos valores das bolsas de estudo, pois os valores atuais são insuficientes para atender as necessidades de seus beneficiários. “A questão”, informou,  “está sendo discutida na Casa Civil”.

Quanto à formação dos pós-graduandos com ênfase na educação básica, Almeida afirmou que a entidade tem seguido o que preconiza o Ministério da Educação.

Programa Novas Fronteiras

A Capes, desde 2004, tem desenvolvido o Programa Novas Fronteiras, que tem como objetivo diminuir as desigualdades regionais na questão da educação, atendendo, atualmente, o Norte, o Semiárido e o Pantanal.

A presidenta da Comissão, deputada Fátima Bezerra, saudou toda a equipe da Capes pelo trabalho que vem desenvolvendo a frente do órgão. Para ela, a Coordenação é uma instituição parceira muito importante para a defesa e o desenvolvimento da educação laica e pública.

A deputada falou ainda sobre a repercussão que o Programa Ciência sem Fronteiras tem tido em nível internacional.  No entanto, demonstrou sua preocupação com a falta de preparo dos estudantes aspirantes ao programa na área de línguas estrangeiras e que espera que a Coordenação supra essa carência.

por Francy Borges

Assessoria de Imprensa