Comissão de Educação promove debate criação do Dia Nacional da Educação Profissional

Audiência pública realizada pela Comissão de Educação nesta terça-feira, 11, levantou pontos que justificam e ressaltam a importância da criação do Dia Nacional da Educação Profissional, como um marco acerca da reflexão do tema, a ser comemorado anualmente
11/11/2014 19h25

 A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM/TO), autora do requerimento da audiência pública,  sugeriu que dia 23 de setembro seja intitulado o dia da educação profissional porque na data, no ano de 1909, foi assinado o Decreto nº 7.566 criando, em diferentes unidades federativas, 19 “Escolas Aprendizes Artífices”, destinadas ao ensino profissional, primário e gratuito.

Os convidados, Gustavo Leal – Diretor de Operações do Senai -, Antonio Henrique Borges Paula – Assessor de Relações Institucionais do Senac, Remi Castioni – Professor de Políticas Públicas e Gestão da Educação Profissional da UnB –  e Marcelo Machado Feres – Secretário Substituto de Educação Tecnológica do Ministério da Educação parabenizaram a deputada Professora Dorinha pela iniciativa que, além de reconhecer a educação profissional no Brasil, abre espaço para erradicar o preconceito dos cursos técnicos no país.

“A educação profissional abre portas para a juventude brasileira e faz com que inserção no mercado de trabalho ocorra mais fácil, e com que os alunos atendam as necessidades do mercado”, afirmou Gustavo Leal.  O Senai completou 72 anos e já formou mais de 4 milhões de técnicos em diversas áreas do conhecimento.

Antonio Henrique mostrou que 7,8% dos jovens que saíram do ensino médio optaram por cursos técnicos. Em países desenvolvidos o número pode chegar a 50%, porque existe reconhecimento desses profissionais pelo governo, empregadores e população. Outro fator que leva ao preconceito é que as pessoas desconhecem o significado, a atuação e a possibilidade de continuar os estudos com graduação tecnológica, mestrado e doutorado.

O Professor Remi Castioni ressaltou que a iniciativa da deputada abre espaço para reflexão acerca dessa modalidade de ensino e que as políticas públicas que a incentivam são estratégias de crescimento para o Brasil. Essas políticas deveriam garantir a possibilidade de integrar a dimensão do trabalho com a da educação e compatibilizar as ofertas com as ocupações do mercado de trabalho, a integração das instituições dentro de uma lógica de percurso formativo e de certificação ao longo da vida e a criação de um sistema de educação profissional aberto, conciliando várias ofertas junto com orientação profissional.

“O Ministério da Educação em parceira com o Ministério do Trabalho e Emprego criaram o portal Mais Emprego para facilitar, principalmente o egresso dos alunos do Pronatec, e as empresas podem recrutar mais facilmente e com garantia mão de obra qualificada que necessitam”, declarou Marcelo Machado.

Por fim, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende reafirmou a importância da modalidade de ensino e lembrou os desafios. “O direito a educação profissional de qualidade ainda é limitado no campo das políticas públicas e de emprego”.