Brasil e Índia assinam acordos para ampliar colaboração científica nesta 6a feira
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O segundo acordo se refere a um programa de colaboração entre o MCTI e o governo daquele país para o desenvolvimento de projetos de pesquisa conjuntos em várias áreas, como biotecnologia; ciência da computação; ciências da terra, incluindo estudos dos oceanos e mudanças climáticas; nanotecnologia; saúde e ciências biomédicas; matemática; ciências naturais; e tecnologias voltadas para energia renovável, eficiência enérgica e de baixa produção de carbono.
O terceiro será um acordo de colaboração na área de biotecnologia, nas especialidades de biomedicina e saúde, especialmente voltado para produtos de base biotecnológica.
Reunião
Nesta quinta-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que integra a comitiva da presidenta Dilma Rousseff na viagem à Índia, reuniu-se com o ministro indiano de Planejamento, Ciência e Tecnologia, Ashwani Kumar, para ampliar a colaboração científica entre os dois países. Ficou acertado que, ainda neste ano, serão elaborados editais conjuntos para financiar projetos nas áreas.
No lado brasileiro, os editais deverão ser implementados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Serão projetos com prazo de dois anos, tendo possibilidade de extensão por mais um ano. Os valores totais de financiamento ainda não foram definidos.
Na área de produção científica, a Índia se destaca em fármacos, química, engenharia química e ciência dos materiais. Há um grande interesse daquele país pelas pesquisas brasileiras nas áreas de energia, biodiversidade, agricultura. A tecnologia da informação é uma área em que ambos os países têm interesse conjunto.
Histórico
A parceria entre Brasil e Índia na área de ciência e tecnologia foi iniciada na década de 80. Em 2001, foi estabelecido o Programa de Cooperação Científica e Tecnológica entre os dois países, e, um ano depois, o conselho científico.
Além disso, o processo de aproximação política Brasil-Índia, empreendido a partir dos anos 90, influenciou positivamente as atividades de cooperação científica, sobretudo após a criação do Ibas (Índia, Brasil, África Sul), em 2003, e do G-4 (Brasil, Índia, Alemanha e Japão), em 2004.