Audiência discute crise nas universidades estaduais

27/11/2007 08h30
A Comissão de Educação e Cultura promove nesta tarde audiência pública para discutir a situação das universidades estaduais. O deputado Pedro Wilson (PT-GO), que sugeriu o debate, afirma que o principal problema dessas instituições é a falta de recursos para financiamento, devido à crise fiscal dos estados, que comprometem uma parcela significativa de suas receitas no pagamento de dívidas com a União.

A audiência, segundo o deputado, tem como objetivo buscar soluções para o pleno funcionamento das universidades estaduais. Pedro Wilson lembra que essas instituições têm papel fundamental na ampliação do acesso ao ensino superior.

Ele informa que, no caso de Goiás, a criação da universidade estadual (UEG) aumentou significativamente o número de vagas oferecidas pelas instituições públicas de ensino superior. Desde que foi criada, em 1999, esse número aumento de 20 mil para 37 mil em 2005. A UEG também criou 19 mil vagas em seus programas especiais de graduação.

"Com a característica de ser multicampi [funciona em 41 municípios], a UEG consegue oferecer aos estudantes do interior do estado cursos em suas próprias localidades, o que inverte o movimento de evasão de cérebros das cidades menores para a capital", ressalta o parlamentar.

Em 2005, segundo o Censo Escolar, 4,5 milhões de alunos estavam matriculados em instituições de ensino superior no País, sendo 495 mil (11%) nas instituições estaduais.

Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o presidente da Frente Parlamentar das Universidades Estaduais e Municipais, deputado Waldir Maranhão (PP-MA);
- o secretário estadual de Educação do Piauí, deputado federal licenciado Antônio José Medeiros;
- a presidente do Fórum em Defesa da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Virginia Maria Pereira;
- o diretor da Unidade de Anápolis da UEG, Nelson Abreu Junior;
- o presidente da Associação Brasileira dos Reitores da Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Luiz Arantes.

A audiência será realizada às 14 horas, no plenário 10.

Da Redação/PT

Agência Câmara