A discussão aconteceu no contexto da campanha “Novembro Azul” de conscientização sobre o câncer de próstata. Pelo requerimento, a ideia do autor é fortalecer os mecanismos de informação aos jovens sobre este aspecto de suas vidas e sobre a prevenção, o tratamento e, principalmente, a redução da vulnerabilidade dos adolescentes a estas doenças. 

Participaram da audiência a diretora de currículo e educação integral da Secretaria de Educação Básica – SEB/Ministério da Educação, Clarice Salete Traversini, a diretora adjunta do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde– SVS/MS, Adele Benzaken, e o Chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia – SBU, Antônio de Moraes Júnior.

De acordo com Adele Benzaken, dados do Ministério da Saúde revelam cerca de 39 mil casos de Aids por ano no Brasil, com uma taxa de detecção em torno de 20 casos para cada 100 mil habitantes.  São registrados cerca de 12 mil óbitos por ano. Para Antônio de Moraes, a sexualidade não é atividade sexual, é multidisciplinar, e realmente se fosse possível colocar na escola como disciplina seria muito importante, não para estimular os jovens, mas para evitar gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis e outras disfunções.

De acordo com a representante do MEC, a educação sexual dos adolescentes é balizada a partir da diretriz dos direitos sociais.  “Nós precisamos de uma educação que fortaleça a capacidade da criança e do adolescente em trabalhar com a ideia de valores humanos”, afirmou , Clarice Salete. Ela afirmou ainda que o desafio proposto para  educação é transformar uma experiência classicamente cognitiva (dos saberes) em uma possibilidade de desenvolvimento humano integral que  permita interferir, de diversas formas no desenvolvimento e no aprendizado saudável. Para a saúde transformar a experiência classicamente curativa em uma possibilidade de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos assegurando a lógica de qualidade de vida dos educandos.