14/04/15 - Audiência debate o projeto que regulamenta as empresas juniores

Empresas juniores têm como objetivo realizar projetos e serviços que contribuam para a formação profissional dos estudantes, unindo teoria e prática.
14/04/2015 16h25

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

14/04/15 - Audiência debate o projeto que regulamenta as empresas juniores

Presentes há mais de 25 anos no País, as empresas juniores têm como objetivo realizar projetos e serviços que contribuam para a formação profissional dos estudantes, unindo teoria e prática.

A Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) defendeu, no dia 14 de Abril, a aprovação do projeto de lei (PL8084/14) que regulamenta a atividade das empresas juniores. O tema foi discutido em audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

A empresa júnior é uma associação civil que tem como objetivo realizar projetos e serviços que contribuam para a formação profissional dos estudantes, unindo teoria e prática.

Para a Deputada Professora Dorinha, a aprovação do projeto vai garantir melhores condições de funcionamento a essas empresas. "Nós vimos que algumas universidades não apoiam, não oferecem nem espaço físico. O projeto de lei dá essa condição para que, dentro do espaço da autonomia da universidade, os alunos possam construir o consenso e conseguir funcionar como um espaço de formação para o mundo do trabalho", disse a parlamentar.

O Presidente da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, Victor Casagrande, deu um exemplo de como a aprovação do projeto poderá facilitar a criação das empresas juniores. "Em algumas instituições de ensino superior, alguns reitores não se sentem à vontade para apoiar as empresas juniores porque elas ainda não possuem uma legitimidade jurídica. Por isso, o projeto de lei vem com tudo para expandir o movimento e dar ainda mais suporte às empresas juniores que já existem", declarou.

Durante a reunião, os palestrantes afirmaram que as empresas juniores são uma forma de aproximar a universidade da sociedade por meio dos projetos desenvolvidos. Além disso, a empresa júnior pode auxiliar as universidades a cumprir o seu papel de oferecer ensino, pesquisa e extensão, principalmente no que diz respeito à extensão.

O diretor de Políticas e Programas de Graduação da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, Dilvo Ristoff, argumentou que, embora a proposta tenha essa importância de aproximar a universidade da sociedade, deve-se tomar cuidado com o que será imposto às universidades, devido à autonomia dessas instituições.

“Não podemos dizer para as instituições que elas podem repassar recursos, que elas devem conceder espaço físico, que elas devem conceder bolsa de estudo, que elas devem incentivar os seus professores. Elas têm a sua autonomia didático-pedagógica e administrativa para decidir sobre isso. Nós não podemos dizer para elas o que elas devem fazer”, afirmou.

A Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende espera que, até o final do primeiro semestre, o projeto seja aprovado pela Comissão de Educação e encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A proposta teve origem no Senado e, se for aprovada na Câmara sem modificações, seguirá para sanção da Presidência da República.

Fonte: Agência Câmara Notícias

Apresentação  Victor Feernandes 

Apresentação  Dilvo Ilvo 

Veja aqui o vídeo da Audiência