A produção cultural está a caminho da profissionalização no Brasil. Alguns estados já possuem cursos superiores e técnicos para a formação de profissionais mais qualificados, mas essa ainda não é a realidade na maioria dos estados no País.

Em São Paulo, na cidade de Rio Claro, o Conselho Municipal de Política Cultural quer criar um curso superior na área, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia que está sendo instalado na cidade.

O Instituto já oferece o curso no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro, mas a ideia é ampliar ainda mais a oferta e profissionalizar a atividade. De acordo com Fábio Riani Perinotto, técnico em economia da cultura no Programa Municipal de Economia Solidária, em Rio Claro, a demanda foi amplamente discutida e saiu como umas das mais apoiadas na Conferência Estadual de Cultura de São Paulo, realizada em setembro. Agora, o Instituto realizará audiências públicas na cidade para discutir com a população quais os cursos que devem ser abertos no próximo ano. “Nos informaram que até o começo do mês haverá a primeira audiência. A ideia seria iniciar os cursos no ano que vem. Mas estamos confiantes, estamos conseguindo muitos apoios”, afirmou.

Os parlamentares da Comissão de Cultura fazem parte do grupo que apoia a ideia e enviaram uma carta ao Conselho Municipal de Cultura reforçando a importância da iniciativa.

De acordo com o vice-presidente da Comissão de Cultura, deputado Nilmário Miranda (PT/MG), é preciso qualificar os agentes culturais e replicar essa iniciativa por todo o Brasil.

“O Brasil ainda não se apropriou inteiramente dessa ideia de que tem a economia da cultural, chamada economia criativa. Mas para que ela se desenvolva é preciso ter a formação de agentes culturais qualificados. Essa iniciativa é muito boa e merece ser replicada em todo o País”, reforçou o parlamentar.