Governo inicia ações voltadas para o legado cultural das Copas
O Brasil se prepara para sediar dois dos maiores eventos esportivos do mundo, a Copa das Confederações de 2013 e a do Mundo de 2014. Ampliando o olhar sobre os impactos sociais, urbanísticos, econômicos e culturais é esperado que os eventos deixem muitos legados para o País. Ao mesmo tempo, a Comissão de Cultura da Câmara caminha na direção da criação de uma Subcomissão Especial, por requerimento do deputado federal Angelo Vanhoni (PT/PR) que aprofunde o debate sobre o tema no Legislativo.
A expectativa é que olegado das obras das Copas seja grande devido às intervenções em razão da construção das arenas e do reordenamento urbano no entorno das cidades, na construção e reformas de museus, teatros, bibliotecas e outros palcos de manifestações culturais. De acordo com o Ministério da Cultura, a cultura simbólica de que “o Brasil é o país do futebol” será uma imagem afirmativa trabalhada já a partir do dia 15 de junho: “Em nosso país, o futebol é praticado como se fosse uma religião. Diariamente, vemos o esporte nos campinhos dos bairros, nas ruas da periferia, nas quadras com os futebol society, ou seja, onde tiver um brasileiro ou uma brasileira, um campo e uma bola, temos um futebol”, argumenta a ministra Marta Suplicy.
Em Curitiba, por exemplo, a prefeitura listou como prioridades a reforma no Centro de Criatividade de Curitiba, no Teatro do Paiol e no Solar do Barão. Os três são espaços culturais que serão utilizados durante a Copa do Mundo. Depois do megaevento, ficarão como um legado cultural para a cidade. No mesmo sentido, o Governo Federal também anunciou uma reforma nos museus de todo o país. O objetivo é implantar uma agenda comum de investimento público e visando à modernização, à qualificação e à promoção dos museus brasileiros para os megaeventos esportivos.
Fora a capacitação de agentes de turismo e atuação cultural, o Governo também sinaliza apoios com entidades como a Agência Nacional do Cinema (Ancine), que pretende traduzir filmes em mais de uma língua durante suas exibições no período esportivo: “Pedimos à Ancine, que é a responsável pelos filmes brasileiros e pela organização mercadológica, que faça a tradução para espanhol e para inglês, com legenda, dos filmes nacionais. Se puser só em português vamos ter audiência menor. Então eles vão ser falados em português e legendados em inglês e espanhol”, disse Marta, acrescentando que um trabalho será feito na disposição de informações estratégicas sobre mapa de museus e monumentos em cada cidade sede.