A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (14), dois requerimentos para a criação do Prêmio César Lattes, a ser concedido a personalidades com trabalhos ou ações de destaque na defesa e na promoção da ciência, da tecnologia e da inovação.

De acordo com o deputado Aliel Machado (PSB/PR), autor das propostas e presidente da comissão, a iniciativa é uma forma de demonstrar que o colegiado valoriza e reconhece os pesquisadores, os cientistas e as instituições que promovem ações voltadas para a inovação, o desenvolvimento, o crescimento econômico e a melhoria do bem-estar da população brasileira.

Um dos requerimentos (Req. 94/21) garante a realização da primeira edição do prêmio já neste ano, com a indicação dos candidatos pelos membros da Comissão de Ciência e Tecnologia até 30 de agosto. Uma comissão julgadora, composta por deputados de todos os partidos com representação na Câmara, irá selecionar cinco agraciados – pessoas físicas ou jurídicas. A entrega do prêmio, que consistirá em um diploma de menção honrosa, será feita em audiência pública da comissão em outubro, mês em que se comemora o Dia da Ciência e Tecnologia (dia 16).

Já o outro requerimento (Req. 95/21) propõe, por meio de um Projeto de Resolução, que o prêmio seja concedido anualmente pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, juntamente com a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. De acordo com o projeto, que precisa ser aprovado pelo plenário da Casa, a premiação ocorrerá sempre em outubro e contemplará cinco candidatos, a exemplo da edição deste ano. A indicação dos concorrentes, no entanto, poderá ser feita por qualquer deputado ou senador e a seleção dos agraciados caberá a um conselho deliberativo formado, entre outros, pelos membros titulares da Comissão de Ciência e Tecnologia. A entrega do prêmio será realizada em sessão solene da Câmara.

César Lattes

Filho de imigrantes italianos, César Lattes nasceu em Curitiba (PR) em 1924. Formou-se em física e matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e, mais tarde, na Inglaterra, trabalhou com a equipe que descobriu uma das subpartículas responsáveis pela coesão do núcleo do átomo. A descoberta resultou na criação de um novo campo de estudo – a física de partículas elementares – e rendeu o Prêmio Nobel de Física ao chefe da equipe, Cecil Frank Powell.