Plano Nacional de Banda Larga em debate na CCTCI
“O nosso objetivo aqui foi fazer um balanço do atual estágio de desenvolvimento do PNBL, além de levantar indicações de como podemos agir para aperfeiçoar o projeto e atingir os objetivos que queremos”, declarou o deputado federal Newton Lima (PT-SP), autor do requerimento para realização do encontro.
De acordo com ele, entre os propósitos do programa estão a universalização do serviço de internet de banda larga e a melhoria da qualidade da conexão, com mais velocidade, sobretudo nas localidades afastadas dos grandes centros. “Sem isso, temo que o Brasil ficará prejudicado em termos de competitividade internacional”, completou.
Primeiro a falar aos parlamentares, o Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Teracom Telemática (Datacom), Geraldo Segatto, lembrou que, antes de o país chegar “ao primeiro mundo a nível tecnológico” – uma das pretensões do PNBL – será preciso aumentar o número de profissionais em atuação na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“Temos de trazer para o Brasil não apenas equipamentos prontos, mas, condições de desenvolver a tecnologia, para que não só os braços dos brasileiros funcionem, mas, também, os cérebros dos nossos engenheiros”, colocou.
Já o Diretor de Relações Governamentais e Institucionais da Ericsson Telecomunicações, Alessandro Quattrini, lembrou que, tal como está, o PNBL não tem privilegiado a banda larga móvel. “Pelos estudos que nós temos, essa modalidade de acesso é a que mais tem condições de promover inclusão social”.
O temor de que os investimentos prometidos pelo governo não tenham continuidade foi aventado pelo presidente da Padtec, Jorge Salomão Pereira. “Há recursos no horizonte de uma década. Vamos nos comprometer com o sucesso da iniciativa. Mas, se nada mais for feito, poderemos não produzir resultado nenhum”.
Por fim, o presidente da Nokia Siemens Networks, Aluizio Bretas Byrro, reclamou dos altos impostos cobrados no Brasil. Segundo ele, na comparação com o “preço da internet” em outros país, o Brasil sai perdendo. “A nossa carga tributária chega a 43% da tarifa. Na Argentina, é de 23%, e, nos Estados Unidos, de 12%”.