Gerdau defende macrometas para a economia brasileira
Ele atendeu a requerimento dos deputados Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), presidente da CCTCI, José Otávio Germano (PP-RS), presidente da CME, Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Bernardo Santana de Vasconcellos.
Gerdau iniciou sua fala lembrando que não é o capital que determina a prosperidade dos povos, mas, a competência gerencial dos recursos disponíveis. Para tanto, ele cita a necessidade de investimentos em três vetores: educação, infraestrutura reestruturação do sistema tributário.
"O sucesso de gestão vem quando dominamos os processos, do chão da fábrica aos setores mais técnicos. Isso se chama governança. Através dela, sabemos onde queremos e podemos chegar, analisando criticamente todas as falhas", colocou Gerdau.
Ele ainda deu exemplos de como as dificuldades de gestão comprometem a produtividade da economia brasileira. "O Brasil tem alumínio e energia, mas, 30% da nossa capacidade siderúrgica está ociosa, porque não temos competitividade".
Gerdau argumentou ainda que, para desenvolver-se da melhor maneira, o Brasil precisa traçar 15 macrometas. A principal delas é a expansão da a meritocracia para o maior número de órgãos públicos possível. “Eu adquiri empresas no mundo inteiro e sei como é difícil promover mudanças comportamentais”.
Ainda conforme Gerdau, a política brasileira não possui grandes divergências que inviabilizem os objetivos comuns em prol do país. “É claro que diferenças existem, mas, elas não podem nos impedir de discutir aonde queremos chegar.
O mundo nos obriga a isso”.
Para o deputado Paulo Abi-Ackel, a “aula” dada por Gerdau auxiliará os parlamentares a modificar a legislação de modo a fomentar a competitividade da indústria brasileira. “Gerdau foi Conselheiro de todos os Presidentes da República desde a redemocratização. A contribuição dele é fundamental para promover as mudanças de que o país necessita”.