Empresas de internet negam repasse de informações aos EUA

As empresas de internet em atuação no Brasil negaram a colaboração com o governo dos Estados Unidos na coleta de dados sigilosos de cidadãos brasileiros. De acordo com representantes do Facebook, do Google, do Twitter e da Microsoft, a obtenção de informações só ocorre após o devido processo legal ou judicial.
21/08/2013 18h54

Foto e texto: Telmo Fadul

Empresas de internet negam repasse de informações aos EUA

Plenário da CCTCI

“O Facebook nunca fez parte de qualquer programa para dar aos Estados Unidos ou a qualquer outro governo o acesso direto a seus servidores. Nunca recebemos um pedido em branco ou uma ordem judicial de qualquer agência de governo solicitando informações ou metadados por atacado”, declarou Bruno Magrani, Gerente de Relações Governamentais do Facebook.

Da mesma forma, o Diretor-geral jurídico e de Relações Institucionais da Microsoft Brasil, Alexandre Esper, disse que a empresa obedece à legislação dos países onde opera. “Para nós, a privacidade e a segurança são invioláveis. Não fornecemos dados de nossos clientes em qualquer parte do mundo”.

O Diretor de Políticas Públicas do Google Brasil, Marcel Leonardi, admitiu que a empresa monitora o movimento de seus usuários na web, mas, ressaltou que há mecanismos que impedem essa situação. “Se você deseja que o Google não guarde os registros de pesquisas que você fez, pouca gente conhece, mas a ferramenta está lá no painel de controle”.

Já o diretor-geral do Twitter no Brasil, Guilherme Ribenboim, lembrou que a rede social exige poucas informações daqueles que pretendem utilizar os seus serviços. “Nós não pedimos telefone, idade, nada. Basta que a pessoa tenha um endereço de e-mail válido. A nossa política de privacidade capacita os usuários a tomarem as decisões”.