CCTCI encerra debates sobre Plano Nacional de Banda Larga

A Subcomissão Especial destinada a acompanhar as ações do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) realizou, nesta terça, a última das quatro audiências públicas convocadas para discutir o assunto. Representantes da Telebras, das operadoras de telefonia e dos provedores expuseram aos parlamentares o atual estágio de desenvolvimento do programa.
13/08/2013 19h17

Foto e texto: Telmo Fadul

CCTCI encerra debates sobre Plano Nacional de Banda Larga

Debate sobre o PNBL

Primeiro a falar, o Diretor de Projetos do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, Milton Kashiwakura, apresentou dados sobre a penetração da internet no Brasil. De acordo com informações coligidas pelo órgão, cerca de 40% dos domicílios do país possuem acesso à web. Em 2011, o nível era de 36% e, em 2010, de 27%.

Os índices referidos por Kashiwakura mostram que a banda larga está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, com uma presença ainda pequena nas regiões Norte e Nordeste. “Nós também percebemos que, quanto maior a renda familiar, maior a velocidade da internet contratada”.

Já o Presidente da Telebras, Caio Cezar Bonilha, destacou o avanço na rede de fibra ótica do país para ilustrar as conquistas do PNBL. Segundo ele, em janeiro de 2012, a rede atingia 12 municípios, abrangendo mais de 6,5 milhões de habitantes. Hoje, o sistema chega a mais de 47 milhões de pessoas, espalhadas por 1.938 municípios.

”A nossa atuação tem um viés claramente social porque estamos em localidades onde a iniciativa privada não vai. A nossa rede é neutra. Ofertamos nossos serviços igualmente para qualquer operadora” declarou Bonilha, para quem a “diversidade geográfica do Brasil” é um dos entraves para a expansão da banda larga.

O membro da Diretoria Executiva do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Carlos Duprat, também apresentou números para justificar o bom desempenho do PNBL.

“A velocidade média da banda larga fixa cresceu bastante, saindo de 1,4 Mbps, em 2008, para 7,3 Mbps, em 2013. Nós precisamos agora é de investir na massificação, para que cada vez mais pessoas tenham acesso”, resumiu.

Para o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que preside a subcomissão do PNBL, as exposições não confirmam o bom andamento do programa. “Há muitas reclamações. E, pelo que vimos, os serviços não estão avançando como originalmente idealizado. Não adianta termos uma conexão boa em alguns locais do país enquanto outros ainda possuem uma qualidade muito precária”.