Apenas 3% das pessoas da classe D têm Internet em suas residências

A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez. Segundo ele, o Programa Nacional de Banda Larga, que tem por objetivo levar Internet a 40 milhões de domicílios até 2014, atenderá principalmente a população de baixa renda, uma vez que na classe D apenas 3% das pessoas têm o serviço em suas residências.
07/12/2011 13h18

Foto: Leonardo Prado

Apenas 3% das pessoas da classe D têm Internet em suas residências

Audiência discute banda larga

O presidente da Telebrás, Caio Cezar Bonilha, garantiu que a estatal levará a Internet para os lugares onde as grandes operadoras não estão dispostas a ir. A afirmação foi feita durante a audiência pública realizada ontem (6/12), na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, para discutir o Plano Nacional de Banda Larga.

Com a implantação do PNBL, o governo espera oferecer 1 Mbps de Internet banda larga ao preço de R$ 35,00. A meta é atingir 40 milhões de domicílios até 2014. Atualmente, o serviço tem um custo médio de R$ 96,00 e está disponível em 10,2 milhões de domicílios.

Hoje a realidade é bem diferente da que o governo desenha para 2014. Segundo o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, na área urbana 39% dos domicílios têm computador e 31% acesso à Internet. Segundo ele, na zona rural o serviço chega a menos de 60% das casas.

O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, disse que o mais importante para a implantação do PNBL é o aumento dos investimentos no setor. “Se investirmos R$ 50 milhões por dia ainda é pouco. Este ano, nós investimos 30% a mais que em 2010, mas precisamos de mais”, afirmou Levy.

Quanto à transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil, Cezar Alvarez esclareceu que o satélite geoestacionário que o Brasil lançará naquele ano não será suficiente para garantir a cobertura das 12 sedes dos jogos do mundial. Segundo ele, será necessário contratar outros satélites.

O PNBL, também conhecido como “Brasil conectado”, foi criado pelo Decreto 7.175/2010, com o objetivo de ampliar a rede de telecomunicações nacional. A intenção do governo é realizar um grande projeto de inclusão digital no país.