Mercadante faz balanço do primeiro ano de sua gestão

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, falou sobre a crise econômica mundial e fez um balanço de seu primeiro ano de gestão. Ele enfatizou que uma das formas de preparar o Brasil para enfrentar turbulências como a do momento é investir em inovação. Segundo ele, o País precisa ser competitivo. A visita foi uma iniciativa do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), 1º vice-presidente do colegiado.
13/12/2011 18h55

Foto: Larissa Ponce

Mercadante faz balanço do primeiro ano de sua gestão

O min. Mercadante (E) fala ao lado do dep. Imbassahy na audiência

Convidado para falar sobre a situação do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec) na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, acabou fazendo um balanço de seu primeiro ano à frente da pasta.

Durante pouco mais de duas horas, o ministro discorreu sobre os principais projetos do ministério que estão em andamento. Um deles foi lançado hoje, o Programa Brasil Sem Fronteiras, que oferecerá 100 mil bolsas de estudos para graduação, doutorado e pós-doutorado no exterior, em países como Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, França e Itália.

Mercadante também falou de um projeto em parceria com a mineradora Vale, a Petrobrás e a Marinha, para o financiamento de um navio de pesquisa, que percorrerá o litoral brasileiro investigando a biodiversidade. Mercadante comparou a abundância de espécies de nossa costa à existente na Amazônia.

Com relação ao Ceitec, o ministro disse que, apesar de o centro de produção de microchips, sediado em Porto Alegre, já ter sido inaugurado, ainda não entrou em funcionamento. No entanto, segundo ele, já existem alguns modelos de microchips em desenvolvimento no País. Como exemplo, citou o chamado “Chip do Boi” – utilizado para rastreamento de bovinos –, que foi testado e aprovado. Estão em estudo ainda chips para o setor de hemoderivados e um em parceria com a Casa da Moeda, que poderá ser empregado na produção de passaportes.

Otimista, o ministro disse que o orçamento do ministério, que sofreu corte este ano de R$ 1,7 bilhão, será recomposto. “Só foi possível fazer muita coisa este ano porque o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi concebido como um ministério de Estado,” concluiu. Mercadante agradeceu ao presidente da comissão, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), e aos demais membros, a parceria com que pôde contar durante o ano de 2011.