Notícias do Campo
NOTÍCIAS
China faz Abiove reduzir estimativa para exportação de soja do Brasil

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) disse que os embarques devem ficar em 43 milhões de toneladas, ante 44 milhões de toneladas da estimativa feita em março.
"Isso reflete um pouco a opinião das empresas (associadas) sobre o que está sendo embarcado e os negócios que estão sendo feitos", disse à Reuters o secretário-geral da associação, Fábio Trigueirinho. "A China pode importar um pouquinho menos do que o pessoal estimava inicialmente."
Fontes do mercado disseram que a China deu calote em pelo menos 500 mil toneladas de soja da América do Sul nas última semanas.
Enquanto isso, um executivo da Shandong Sunrise, maior grupo comprador de soja da China, disse em entrevista à Reuters na semana passada que importadores do país poderiam cancelar a compra de mais 1,2 milhão de toneladas dos EUA e da América do Sul.
Empresas chinesas têm encontrado dificuldade em obter cartas de crédito para honrar os pagamentos aos fornecedores de soja e sofrem com margens de lucro muito apertadas na atividade de esmagamento.
A Abiove não descarta revisar, ao longo do ano, as projeções de exportações de soja do Brasil.
"Pequenos ajustes são normais, até porque trabalhamos sempre com estimativas", disse Trigueirinho.
Por outro lado, ele descarta uma queda mais ampla no volume de exportações: "A mudança de hábito alimentar (do chinês) deve se manter. A demanda por proteína animal é inelástica", disse o executivo, referindo-se ao consumo de carnes, que é sustentado por rações à base de grãos como a soja.
Se confirmada a estimativa atual da Abiove, o Brasil ainda deverá exportar um volume recorde da oleaginosa este ano, após exportações de 42,8 milhões de toneladas em 2013.
No entanto, a receita com as vendas ao exterior de soja em grão devem cair, para 20,21 bilhões de dólares, após um recorde de 22,81 bilhões em 2013, refletindo um recuo nos preços internacionais da commodity nos últimos meses.
O complexo soja (grão, farelo e óleo) deverá exportar o equivalente a 27,09 bilhões de dólares em 2014, abaixo do recorde de 30,96 bilhões de dólares em 2013.
Em relação à colheita de soja na atual temporada, que está praticamente encerrada, a Abiove manteve o volume da safra brasileira em 86,1 milhões de toneladas, que já havia sido previsto em relatório de março.
Despencam exportações de soja dos EUA
.jpg)
O número significa uma queda de nada menos que 76% (59,9 mil toneladas) quando comparada à semana imediatamente anterior, quando haviam sido exportadas 79,1 mil toneladas da oleaginosa. Em relação à média das últimas quatro semanas, a baixa foi de 79%.
Cientistas criam 1º cromossomo totalmente sintético
O centro médico Langone, da Universidade de Nova York, desenvolveu o primeiro cromossomo totalmente fabricado em laboratório. A cópia artificial do cromossomo da levedura Saccharomyces cerevisiae (fungo unicelular) é utilizado na fabricação de etanol, pão e cerveja.
Os cientistas pretendem modificar geneticamente as leveduras para fazer muito mais do que fermentar massas ou secretar álcool. Microrganismos transgênicos já são usados na indústria para produção de insulina e drogas antimaláricas, exemplifica o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB).
Entretanto, pesquisadores acreditam que é possível usá-las para produzir substâncias ainda mais complexas. “Nossa meta é sintetizar os 16 cromossomos da levedura nos próximos quatro anos”, afirma o líder da pesquisa, Jef Boeke. Ele trabalha em parceria com cientistas europeus há sete anos.
A descoberta pode viabilizar a reconstrução de genomas inteiros de organismos complexos, como o dos animais. “A divisão fundamental entre seres vivos é a que existe entre procariotas (bactérias e arqueas) e eucariotas (todos os demais, incluindo os humanos). A produção de um cromossomo sintético é especialmente importante porque, evolutivamente, as leveduras estão do mesmo lado que o homem. A Saccharomyces cerevisiae tem aproximadamente 6 mil genes, dos quais, um terço é compartilhado com os seres humanos”, diz o CIB.
Da Agrolink
Exportações de frutas aos árabes crescem 41%

O mercado árabe é muito interessante e importante para nós. Ele vem crescendo ano a ano de maneira sólida”, disse Cloves Ribeiro Neto, gerente de Inteligência Comercial do Ibraf. “É um mercado bastante estratégico para nosso setor, porque nossas exportações são concentradas na União Europeia, em 80%, e estamos trabalhando para ampliar outros mercados”, acrescentou o executivo.
Além do aumento de 2012 para 2013, Ribeiro destacou o avanço das exportações para os árabes considerando o período de 2011 a 2013. “Houve um crescimento de 115%. É um aumento bastante importante e vamos continuar trabalhando para consolidar este crescimento nos países árabes”, afirmou o gerente do Ibraf.
Os Emirados Árabes Unidos foram o principal mercado da região para as frutas brasileiras no ano passado, tendo importado 10,91 mil toneladas. Mas as frutas nacionais foram embarcadas também para outros países árabes, como Omã, Arábia Saudita, Líbia, Bahrein, Sudão, Catar, Palestina e Líbano.
Entre os diferentes tipos de frutas, os árabes compraram principalmente limões (8,2 mil toneladas), maçãs, melões, laranjas, tangerinas, uvas, mangas e melancias.
Para aumentar as vendas brasileiras ao mundo árabe, o Ibraf participa anualmente da feira de alimentos Gulfood, em Dubai, envia missões prospectivas aos países da região e está analisando a possibilidade de desenvolver novas ações de promoção comercial.
“Estamos pensando em realizar ações nos pontos de venda, com degustação para consolidar junto ao consumidor o gosto da fruta brasileira”, declarou Ribeiro. O gerente conta ainda que o Ibraf está analisando a participação em outra feira nos Emirados.
O gerente ressaltou que ainda é possível avançar mais. “Mesmo com bons números, o mercado árabe ainda compra muito pouco do produto brasileiro. É um mercado recente para nós e há muito espaço para crescer”, afirmou.
Para o mundo
Em 2013, o Brasil exportou um total de 711,86 mil toneladas de frutas, um aumento de 2,72% em relação a 2012. Em receitas, as vendas externas geraram US$ 657,52 milhões, um crescimento de 6,26% na mesma comparação.
“Nos últimos dois anos aumentamos os volumes de exportação. O crescimento de 2,72% é pequeno, mas é positivo”, avaliou Ribeiro.
Segundo ele, o câmbio favorável e as boas condições climáticas favoreceram o aumento das exportações brasileiras de frutas. Para 2014, Ribeiro espera que haja crescimento, mas diz que os volumes devem ficar próximos aos de 2013.
Novo fungo ameaça plantações de banana no mundo inteiro
.jpg)
A preocupação é que o problema chegue à América Latina e também ao Brasil. Na segunda-feira (14.04), a FAO pediu que os países produtores sejam mais ativos no monitoramento e prevenção da doença, considerada uma das mais destrutivas.
A TR4 é mais agressiva do que as outras versões existentes do fungo. Ela ataca mais de 50 variedades de bananas, como as cavendish, que incluem os tipos nanica e nanicão. As bananas cavendish, líderes no mercado mundial de exportação, eram até então resistentes à essa praga.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o fungo ameaça também as variedades prata e maçã. Juntas, essas variedades correspondem a mais de 90% das bananas que chegam aos supermercados no Brasil.
"É difícil falar em termos reais, as probabilidades de a TR4 entrar no Brasil, mas eu diria que são altas e pode ser questão de tempo. O fungo pode entrar por diferentes vias, como solo contaminado em sapatos, ferramentas, mudas de bananeira visivelmente sadias, mas infectadas --, além de plantas ornamentais que podem também ser hospedeiras", conta Miguel Angel Dita Rodriguez, engenheiro agrônomo da Embrapa.
O fungo causador do mal-do-Panamá infecta os solos, podendo permanecer na região por até 30 anos. Ele entra nas bananeiras através das raízes e invade seu sistema vascular, causando a sua morte. A planta contaminada raramente produz frutos.
História se repete
O cultivo de banana já foi ameaçado pelo mal-do-Panamá no início do século 20. A doença ganhou o nome do local onde foi observada pela primeira vez, por volta de 1890. Depois de uma década, o mal já havia aparecido na Costa Rica, Suriname, Trindade e Tobago, Cuba, Porto Rico, Jamaica, Honduras e Guatemala.
Entre as décadas de 1920 e 1950, o fungo se espalhou por todas as regiões que cultivam banana na América, chegando ao Brasil. A principal variedade plantada e exportada na época era a gros michel. Nesse período, a variedade do tipo maçã quase sumiu do mercado brasileiro.
Segundo o historiador da Universidade Carnegie Mellon John Soluri, que pesquisa o tema há mais de 20 anos, o mal-do-Panamá devastou principalmente a economia dos países produtores de banana, além de prejudicar os agricultores que dependiam dessa cultura.
"O maior impacto foi a criação do que chamo de agricultura itinerante, ou seja, as companhias de frutas mudavam suas plantações de região em região, país em país, em busca de solos livre do fungo. Isso funcionava de cinco a 20 anos, até a doença chegar", afirma Soluri em entrevista à DW Brasil. Por causa dessa prática, os consumidores não teriam sido afetados e o preço não teria sofrido variações drásticas.
Na época, a banana foi salva graças à substituição da gros michael pela variedade cavendish, iniciada na década de 1950. É justamente esse tipo que está sendo atacado agora pela nova raça do fungo.
O historiador não acredita que faltará banana para o mercado de exportação. Para ele, quem irá sofrer os impactos de uma possível epidemia são os pequenos produtores que abastecem os mercados locais e de subsistência na África e na América Latina. "A ideia de que a banana será extinta é mais um fenômeno cultural de marketing do que puramente biológico ou ecológico", reforça Soluri.
Segundo a FAO, a banana é a oitava cultura alimentar mais importante do mundo e a quarta nos países em desenvolvimento. Ela é plantada em mais de 135 países, principalmente por pequenos agricultores e para a economia local. Menos de 15% da produção mundial é exportada. Os maiores produtores são Índia, China, Uganda, Filipinas, Equador e Brasil.
Prevenção é a melhor solução
Ainda não foi descoberta uma substância química ou método que possa combater e matar qualquer uma das subespécies desse fungo, eliminando-o do solo. Outras raças já estão presentes no Brasil, porém as variedades cavendish cultivadas no país são imunes a elas. Assim, a melhor maneira de evitar a epidemia é a prevenção.
"Os produtores precisam se certificar de que o material usado na plantação está livre da doença, além de impedir a entrada de plantas e solo doentes na fazenda. Sistemas de irrigação e drenagem também têm um papel importante na transmissão do fungo e um planejamento nesse sistema deve ser levado em consideração", afirma Fazil Dusunceli, do departamento de produção e proteção vegetal da FAO, em entrevista à DW Brasil.
Além das medidas preventivas, o cultivo de variedades resistentes à TR4 é outro método indicado para evitar maiores impactos nas plantações. Segundo Dusunceli, pesquisas feitas nessa área já identificaram variedades resistentes, que possuem o mesmo gosto e atributos da cavendish, mas mais estudos ainda precisam ser realizados.
Apesar de um possível grande impacto sobre o mercado caso a doença se espalhe pelo globo, especialista não acreditam que a banana será extinta pelo mal-do-Panamá. "Existe uma grande diversidade de variedades de bananeira e já existem pesquisas que identificaram genótipos resistentes à TR4", reforça Rodriguez.
Tecnoshow Comigo espera ultrapassar R$ 1 bilhão em negócios
Maior feira agrícola do Centro-Oeste espera receber mais de 90 mil visitantes
A 13ª edição da Tecnoshow Comigo, maior feira agrícola do Centro-Oeste começou nesta segunda, dia 7, em Rio Verde, em Goiás e vai até o dia 11. A aberura do evento contou com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller; do governador de Goiás, Marconi Perillo e outras autoridades.
A expectativa é de público superior a 90 mil visitantes. A geração de negócios deve ultrapassar R$ 1 bilhão até o dia 11 de abril. Evento conta com a participação de mais de 500 empresas.
Durante a solenidade, o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antonio Chavaglia, ressaltou a força do agronegócio nacional e lembrou as dificuldades que os produtores estão enfrentando em função de deficiências de infraestrutura para escoamento da produção.
– Além de tudo isso, os produtores rurais, que investem cada vez mais em tecnologia, estão tendo muitas dificuldades para ter renda compatível com sua necessidade – disse.
O presidente da Comigo fez duras críticas à ação do governo federal pela falta de adoção de políticas públicas que estimulem o agronegócio nacional. Ele citou ainda os altos custos que o produtor tem no combate as pragas e adoção de novas tecnologias, elevando acentuadamente os custos de produção.
– Nesse cenário, ainda somos obrigados a pagar impostos elevados e viver num contexto de falta de segurança jurídica no país – afirma.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas falou em seguida e elogiou o trabalho dos promotores da Tecnoshow Comigo, dizendo que a feira é uma referência nacional e retrata com perfeição a força do agronegócio brasileiro. Lopes criticou também a questão da carga tributária pesada que prejudica acentuadamente o produtor rural brasileiro.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mario Schreiner, ressaltou a evolução da produtividade do setor agropecuário nacional.
– Somos o setor mais moderno da economia brasileira e evoluímos a cada dia que passa, oferecendo produtos de alta qualidade e a preços acessíveis. Na contramão desse crescimento do agronegócio nacional aparece a logística do país, com problemas graves na oferta de energia e sem estradas e ferrovias de qualidade – salienta.
O deputado federal Ronaldo Caiado, que representou a Frente Parlamentar do Cooperativismo, pediu ao ministro da Agricultura, Neri Geller, que ajude o produtor rural brasileiro a vencer os desafios que se apresentam para o aumento da produtividade. O parlamentar citou ainda as deficiências que o Brasil apresenta na oferta de energia e na falta de hidrovias e ferrovias. Ele citou ainda que a falta de aprovação, por parte do governo federal, do uso de agroquímicos genéricos na agricultura tem prejudicado acentuadamente o produtor.
O deputado federal Heuler Cruvinel, que representou a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, pediu ao ministro que ajude na defesa junto ao governo federal da duplicação da BR-452, de Rio Verde até Itumbiara, e ainda a consolidação do ramal da ferrovia Norte-Sul que passará pelo sudoeste goiano. O pronunciamento da senadora Lúcia Vânia foi marcado por duras críticas ao governo federal pela insistência em governar via medidas provisórias. Como positivo, a parlamentar citou os avanços alcançados no que se refere aos financiamentos para a classe produtora através do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).
O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, destacou a qualidade da Tecnoshow Comigo e a importância que ela assume a cada ano que passa no cenário de eventos do agronegócio nacional. Juraci aproveitou a presença do governador para pedir que ele ajude Rio Verde a ter a sua Plataforma Multimodal.
O ministro da Agricultura, Neri Geller disse reconhecer como justas as reivindicações feitas pelas autoridades que discursaram na solenidade e enumerou as conquistas do setor, principalmente no que se refere ao atual Plano de Safra, que, segundo ele, dá ao produtor rural a garantia de financiamentos na ordem de R$ 6 bilhões, com taxa de juros mais acessíveis.
– O governo também está disponibilizando R$ 500 milhões para compra de equipamentos de irrigação – disse.
Geller prometeu interceder junto à Eletrobrás para ajudar a resolver o problema de dificuldades que a região vem encontrando por causa de deficiências da CELG, no fornecimento de energia para as propriedades rurais.
O governador do Estado, Marconi Perillo, parabenizou os organizadores da Tecnoshow Comigo, citando o papel que ela tem na divulgação das potencialidades do setor agropecuário, retratando a força do agronegócio goiano.
– A Tecnoshow Comigo é a grande vitrine para Goiás no cenário nacional – destacou. 08/04/2014
Da Rural BR Agricultura
Polêmica no combate à Helicoverpa vai custar mais caro ao consumidor

Enquanto a agricultura brasileira amarga perdas superiores a R$ 2 bilhões com a Helicoverpa armigera, segue a polêmica sobre a utilização do “benzoato de emamectina”. O defensivo chegou a ter sua importação autorizada para uso emergencial, mas foi interditado em alguns estados pela Justiça, a pedido do Ministério Público.
Por um lado, os produtores se mostram extremamente preocupados com o aumento de custos, que devem chegar a R$ 600 milhões na safra 2013/2014. Segundo o representante da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) Júlio Cesar Busatto, isso vai recair sobre o consumidor.
“Por exemplo, na Bahia levamos um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões na última safra. Neste ano, nós tivemos lucro e diminuímos o prejuízo e agora estamos pagando uma conta de R$ 1 bilhão. Então não pode mais o produtor ficar nessa queda de braço aqui, mais de um ano e meio, com decisões que são fragilizadas”, desabafou Busatto.
De acordo com a gerente-geral de toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ana Maria Vekic, estudos de médio prazo apontam que o benzoato provoca problemas neurológicos em quem o aplica na lavoura. "Nesse produto, a gente já observou degenerações no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico nos estudos agudos, coisa que não é comum. Então qualquer dose a que o aplicador do produto estiver exposto, ele estará correndo um sério risco”, alerta.
O diretor de Qualidade Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Márcio Rosa Rodrigues de Freitas, também questiona o benzoato sob o ponto de vista ambiental. "É um produto que está em reavaliação nos Estados Unidos. Uma das questões que eles colocam é justamente a ausência da avaliação de risco que não foi feito na época do registro em 2002, do ponto de vista ambiental”, explicou.
O assuntou foi tema de discussão na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. O encontro teve a presença ainda de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 31/03/2014
Nova Farm Bill causará danos ao Brasil, diz CNA

Só para o algodão, a Farm Bill 2014 prevê parcela de renda de 19%, em média, no período de 2014 a 2018, diz o estudo. Segundo André Nassar, diretor da Agroicone, responsável pela pesquisa, no caso da fibra, os produtores norte-americanos têm apenas 20% de diferença entre o custo variável e a receita. “O seguro implementado como STAX cobre tudo. É 90% da renda e 80% de subsídio do prêmio. Não há perda”, afirma o diretor.
Para Mark Langevin, assessor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que participou do debate, o grande problema é que há, agora, uma indústria do seguro nos EUA e seus agentes estimulam os produtores a plantar e contratar o seguro. “É um esquemão! O modelo de negócio do produtor americano não é pensado em produtividade ou mercado. É apenas um jogo de fazer maximizar suas indenizações de seguro”, diz.
Segundo o Adido Agrícola do Brasil em Washington, Horrys Friaça, com a nova lei, a expectativa é de que o desembolso que vai direto ao bolso do produtor seja maior, ainda que os pagamentos diretos tenham sido cortados da Farm Bill. “Eles alteraram a maioria dos programas, mas só o montante estimado para desembolso no STAX é maior que o que se pagava com todos os programas eliminados”, explica Friaça.
Para a presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), o Brasil tem condições e produtos para concorrer com todos os mercados mundiais. “Só não podemos disputar com os subsídios que tornam a concorrência desleal.” Com a tendência de baixa dos preços em função do aumento da produção, principalmente nos EUA, as chances de utilização dos mecanismos de sustentação de preço e renda também aumenta, ampliando as distorções de mercado.
ABRAPA – O presidente da Abrapa, Gilson Pinesso, vê o estudo como uma confirmação do que a Associação já vinha dizendo sobre a Farm Bill e também como uma força a mais para a possível batalha na OMC que o Brasil vai travar contra os Estados Unidos. “A CNA fez um trabalho brilhante com esta pesquisa. Isso nos ajuda a mostrar para o mundo como esta nova lei vai trazer danos para o mercado internacional de algodão”, afirma Pinesso.
UE – A Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia é menos preocupante para o produtor brasileiro do que o caso americano. A versão de 2013 eliminou subsídios à exportação e transformou a maior parte das políticas de apoio em pagamentos diretos aos produtores, sem considerar os níveis de produção e o tipo de produto. Ainda assim, a CNA teme seus efeitos para os setores de açúcar e lácteos.31/03/2014
Governo quer cobrar imposto de 9,25% sobre soja

O governo federal pretende cobrar 9,25%, entre PIS e Cofins, sobre todo o complexo soja no Brasil. A tributação está embutida em uma medida provisória enviada ao Congresso Nacional nessa semana, já tramita em comissão mista especial e pode ir à votação no plenário na Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (1º.04).
Se aprovada, a MP causaria um prejuízo de mais de R$ 6 bilhões na cadeia produtiva da oleaginosa. O aumento de custo para os agicultores seria de 1,60% de Programa de Integração Social (PIS) e 7,65% de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
O setor reagiu com forte indignação. “Essa tentativa de argentinização, de taxar produtos, é totalmente descabida”, reclama o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul(Farsul), Carlos Sperotto.
Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), também foi crítico da medida: “Isso significaria que pelo menos 4,5 milhões de toneladas virariam imposto para o governo”, denuncia. 31/03/2014
Rendimento do milho preocupa em MT depois da semeadura
Segundo o instituto, apesar das altas sentidas nas cotações do mercado disponível, a saca do milho para pagamento e entrega em julho apresenta, atualmente, média mensal de R$ 14,22/sc no Estado, sendo esta R$ 3,16/sc abaixo do custo de produção. “Para tornar essa situação ainda mais preocupante, considerando os riscos de perda de produtividade em decorrência de cultivos fora da janela ideal, caso esta caia para 80 sc/ha, o custo se elevaria para R$ 21,72/sc, aumentando o prejuízo para R$ 7,50/sc”.
Conforme o instituto, na tentativa de anular os danos com o custo de produção, “apenas uma produtividade acima de 120 sc/ha compensaria o preço atual do cereal, algo poucas vezes visto no Estado. Assim, neste ano, a lucratividade fica atrelada à movimentação do mercado, com o produtor ficando à mercê de altas nas cotações na tentativa de atingir o ponto de equilíbrio entre custos e preços”.
O plantio do milho deve terminar até o final de semana. São esperadas 17 milhões de toneladas nesta safra. 31/03/2014
Preço das hortaliças dispara após período de estiagem
.jpg)
Segundo o economista-chefe da seção de economia e desenvolvimento da Ceagesp, Flávio Godas, os preços do tomate e das folhas, como rúcula e escarola, subiram mais que o normal. “A demanda por alimentos mais leves aumenta por ser um período de calor, mas a falta de chuva atrapalhou a produção”, explica.
Godas diz que tanto a qualidade do produto, quanto os baixos níveis de oferta foram prejudiciais para o mercado. O item hortaliças e legumes subiu 14,46% no IGP-M. Só o tomate marcou avanço de 35,91%.
“Hortaliças são muito sensíveis e se chover demais, em período mais longos, o conjunto chuva e alta temperatura prejudica muito mais do que só estiagem”, avalia o especialista.
Entretanto, com o retorno das chuvas a partir do início de março, Godas acredita que “se preservadas as condições climáticas atuais, a tendência é de queda nos valores”. 21/03/2014
Safra de café do Brasil terá queda substancial em 2014 e 2015.
.jpg)
A afirmação da entidade que representa os produtores no Brasil foi feita após o café arábica, negociado em Nova York, registrar na quinta-feira baixa (20.03) de 7 por cento, a maior queda diária em três anos, em função de chuvas previstas para as áreas cafeeiras brasileiras.
Nesta sexta-feira (21.03), o contrato maio operava em leve baixa, a 1,7305 dólar por libra-peso, às 12h10 (horário de Brasília).
"O que podemos antecipar é que haverá redução substantiva na colheita, tanto em 2014, quanto em 2015, mas ainda é prematuro quantificá-la", afirmou o CNC.
A entidade disse ainda que não passará informações para o mercado sem um levantamento seguro, e espera ter informações precisas sobre perdas em abril.
O CNC afirmou que a não cometerá "a irresponsabilidade de tomar uma região como exemplo e prognosticar o observado nela como uma situação geral, tendo em conta que o veranico teve incidências diferentes no cinturão produtor."
Mas destacou que a safra será inferior ao volume estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no início de janeiro, antes de as lavouras serem atingidas pela seca.
A safra brasileira em café em 2014 foi estimada em média pela Conab em 48,34 milhões de sacas de 60 kg, no que já poderia ser uma queda ante 2013, com redução de investimentos pelos cafeicultores após preços baixos no ano passado.
Com a seca no maior produtor global, o café se recuperou fortemente em 2014, atingindo uma máxima recente de dois anos, antes de recuar com as previsões de chuvas.
"O mercado climático continua ditando a tendência e a aproximação de chuvas mais generalizadas sobre a região Sudeste do Brasil pressiona os preços futuros", disse o CNC.
O conselho dos produtores reafirmou que o veranico já causou danos irreversíveis em muitas lavouras cafeeiras. "Há limite para essa queda. Até a divulgação de dados consistentes sobre a quebra da safra, o mercado deve continuar volátil." 21/03/2014
Cratera na BR-163 pode impactar escoamento da safra da região norte de MT
.jpg)
Na manhã de quinta (20.03), devido à chuva que caiu à noite, uma cratera foi formada na cabeceira da ponte na entrada da cidade na BR-163, dificultando a passagem de veículos. “No momento, estamos aguardando pra ver uma alternativa de desvio pela estrada de chão, ou por dentro da cidade”, disse o secretário administrativo do município, Gilmar Menon. A rodovia é muito importante para o escamento da produção do Estado, uma vez que liga a principal região produtora.
De acordo com informações do superintendente do Dnit, Luiz Antonio Garcia, alternativas estão sendo estudadas. “Não sabemos ainda quanto tempo vai demorar para restabelecer o acesso, mas nossa equipe já se deslocou pra lá com equipamentos e logo teremos uma avaliação”. Somente uma pista está funcionando.
O fluxo na rodovia é intenso no momento devido à colheita da soja, que passa por lá pra chegar ao porto de Santarém, oeste do Pará, que deve receber mais de um milhão de toneladas de grãos em 2014 por meio da rodovia, segundo estimativas da Secretaria Especial de Portos (SEP) e da Câmara Temática de Logística do Ministério da Agricultura. No mês de fevereiro, 151 mil toneladas de soja passaram pela rodovia.
Possível quebra de safra no Brasil,Índia e Tailândia faz preços do açúcar subirem
.jpg)
Segundo os analistas, no Brasil o clima "continua predominantemente seco no Centro-Sul, onde se concentram as lavouras de cana do país, maior produtor e exportador de açúcar do mundo. Essa condição deve manter as perspectivas de redução na colheita brasileira, que começa em abril, e também no processamento".
A estiagem na Índia e na Tailândia, outros importantes fornecedores mundiais, aliada ao temor de déficit da commodity na temporada 2014/15 também deram sustentação à valorização do açúcar, ainda na análise do periódico.
Em Nova York, no vencimento maio/14, o açúcar foi comercializado a 17,32 centavos de dólar por libra-peso, alta de 18 pontos no comparativo com a véspera. Já em Londres, a commodity, no mesmo vencimento, valorizou 3,50 dólares, cotada a US$ 459,60 a tonelada.
No mercado paulista os preços do açúcar também se mantiveram em alta, cotados a R$ 51,94 a saca de 50 quilos do tipo cristal, alta de 0,10% perante os preços da véspera, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).
Etanol
Pelo quarto dia seguido os preços do etanol hidratado sofreram perdas no mercado paulista, segundo a Esalq/BVMF. O hidratado foi comercializado ontem a R$ 1.352,50 o metro cúbico, baixa de 0,62% no comparativo com os preços da véspera. 20/03/2014
Outono chuvoso deve ajudar milho e café; afetar colheita de cana, diz Somar

"Essa nova estação irá ter como característica a continuidade do período chuvoso no Brasil... As chuvas não deverão 'cortar' cedo este ano, pelo contrário, deverão se prolongar ao longo da estação", disse ele à Reuters.
Os maiores volumes deverão ser observados durante a primeira quinzena de abril. No período posterior, as previsões indicam apenas possibilidades de pancadas de chuvas.
Estados como Paraná e Mato Grosso estão terminando de plantar a segunda safra de milho, estimada em quase 44 milhões de toneladas pelo Ministério da Agricultura.
O cultivo da chamada "safrinha" é considerado de risco climático e preocupa compradores no mercado brasileiro, porque o milho se desenvolve numa época do ano em que as chuvas, em geral, começam a diminuir.
Ainda no Sudeste, as chuvas podem prejudicar o andamento da safra da cana, que já começou a ser colhida em algumas áreas que anteciparam a moagem da temporada 2014/15, com início oficialmente previsto em abril.
As usinas precisam de tempo seco para realizar o trabalho de colheita e moagem.
Para o café, há sempre a preocupação de chuvas no momento da colheita, mas Santos não acredita em grandes problemas este ano.
"Para atrapalhar o café, as chuvas deveriam ocorrer no inverno, não no outono", disse.
Em 2012, lembra o especialista, houve perda de qualidade nos grãos de café, por excesso de chuvas em maio e junho.
No Sul do país, no entanto, há risco de "fortes ondas de frio", disse Santos.
"Os modelos climatológicos já sinalizam a possibilidade da entrada de uma massa de ar polar de forte intensidade na segunda quinzena de maio."
Embora seja cedo para garantir a ocorrência de geadas, há um risco maior este ano, principalmente no Rio Grande do Sul, Paraná e para o Mato Grosso do Sul, disse o agrometeorologista.
Na região agrícola chamada de "Mapitoba" (Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia), as chuvas deverão ocorrer até meados de abril e até mesmo podendo ocorrer alguma ou outra pancada de chuva isolada em maio. 20/03/2014
Aplicativo calcula quantidade de gotas para aplicação aérea de defensivos

O programa também indica quais são os bicos de pulverização apropriados, além da pressão de pulverização e velocidade aerodinâmica que deve ser empregada no voo.
Com estas configurações, os trabalhos de pulverização podem resultar em ganhos econômicos e de tempo. O aplicativo conta com 19 modelos de bicos disponíveis para uso. Ainda após a conclusão dos cálculos, o usuário tem a opção de gravar os resultados para consultas futuras. 20/03/2014
Brasil pode colher a maior safra de trigo da história em 2014/2015

Em caso de condições climáticas normais, a produção de trigo tem potencial para atingir 6,581 milhões de toneladas em 2014/2015, 19,1% acima da 5,528 milhões de toneladas produzidas em 2013/2014. Se atingido, seria o maior volume produzido na história do país.
Mesmo que o Brasil volte a exportar pelo menos 500 mil toneladas de trigo em 2014/2015, a necessidade de importações cairia para entre 5 a 5,5 milhões de toneladas, contra 6,5 milhões de toneladas em 2013/2014. Os estoques finais da safra 2014/2015 ficariam em níveis semelhantes aos projetados para a atual safra 2013/2014. "A queda contínua da área de trigo na Argentina tem aberto espaços cada vez maiores para recuperação do plantio no Brasil", revela Cogo. 20/03/2014
Soja sobe com redução da safra brasileira

Os contratos atingiram os maiores níveis desde o dia 7 de Março. Dois foram os fatores determinantes. O primeiro é a forte demanda pela soja norte-americana, combinada com estoques apertados.
O segundo fator é a diminuição da estimativa de safra no Brasil. A produção ainda deve ser recorde, porém abaixo do que era projetado por analistas de mercado, ficando em torno de 90 milhões de toneladas. 20/03/2014
Seca e a lagarta Helicoverpa armigera derrubam a safra de soja 2013/14 no Oeste baiano

São números anunciados pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), durante a elaboração da terceira estimativa da safra 2013/14, atribuindo esta redução ao impacto da estiagem ocorrida no mês de janeiro – em algumas regiões a falta de chuva se estendeu até meados de fevereiro – além do ataque das lagartas Helicoverpa armigera e o complexo de Falsas Medideiras.
Boa notícia é que o bom nível do manejo e a alta tecnologia empregada no cultivo da soja amenizaram as perdas climáticas e mantiveram sob controle a, tão temida pelos produtores ferrugem asiática.
Ocupando 265.000 hectares, a cultura do milho também deverá ter uma redução de 12% em sua produtividade, passando de 165 para 145 sacas/hectare, devendo ser colhidas 2,3 milhões de toneladas, mesmo com o rigor da estiagem, graças à fertilidade das áreas plantadas e os investimentos em tecnologia.
Felizmente para o algodão, que começará a ser colhido a partir de última semana de maio, foi mantida a estimativa inicial de 270 arrobas por hectare em seus 305.000 hectares plantados, significando um total de produção de 1,2 milhão de toneladas. 20/03/2014
Plantas de algodão que crescem nas margens das rodovias viram foco de pragas

O diretor da Abapa, Celito Missio, afirmou que os herbicidas liberados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não fazem o controle eficiente por serem utilizados em variedades de algodão transgênico. “A situação se agravou. As plantas se desenvolveram com força total, o que causou preocupação por parte da Abapa”, explicou Missio, ao mostrar fotografias.
“O uso do herbicida 2.4D dentro das propriedades tem a autorização e fiscalização da Adab, mas para a utilização nas margens das rodovias federais é preciso ter a liberação do Ibama e das suas leis específicas”, esclareceu o diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá, lembrando que a Adab segue o que está preconizado em lei, fiscalizando as formas de cultivo e manejo, o transporte e também o uso irregular de agrotóxicos. “Não podemos colocar a produção do Oeste em risco”, acrescentou.
Como os caroços, sementes e capulhos do algodão caem dos caminhões e se tornam a fonte do problema, o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, disse que vai realizar um trabalho mais incisivo de fiscalização e de educação sanitária na busca pela conscientização dos transportadores e das algodoeiras, usinas beneficiadoras, a fim de tentar amenizar o agente causador.
Os produtores se comprometeram a realizar um teste, aplicando nas tigüeras das rodovias o herbicida Arsenal, que já está na lista de Agrotóxicos e Afins Registrados no Ibama e reunião com os envolvidos, Mapa, Ibama, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e do Departamento de Infraestrutura de Transportes (Derba), está sendo agendada para resolver a questão. 20/03/2014
Perdas na soja somam 2,1 milhões de toneladas em PR e MT
Com produtividade comprometida pelo clima quente e seco de janeiro e fevereiro, as lavouras paranaenses de soja devem render 15,1 milhões de toneladas na safra 2013/14 -- 1,85 milhão de toneladas (10,9%) abaixo do projetado inicialmente e 6,4% abaixo da colheita anterior (16,15 milhões de toneladas). Já em Mato Grosso o maior prejuízo até momento é com a qualidade dos grãos. Em volume, as perdas somam apenas 250 mil toneladas (1%) e o estado mantém potencial para uma colheita recorde de 26,21 milhões de toneladas, 9,5% acima do volume registrado na safra passada (23,9 milhões de toneladas).
Embora as expectativas ainda estejam sendo traçadas nesse novo panorama, o agrônomo Robson Mafioletti, assessor técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e também técnico da Expedição Safra, avalia que o produtor será retribuído nos preços. “As perdas não são nada alarmantes, representam menos de 5% da produção nacional. Os produtores acabaram sendo compensados pela melhoria dos preços. Além disso, a valorização do dólar tem ajudado”, analisou.
As previsões são de que as exportações passem de 45 milhões de toneladas, frente aos 42,8 milhões em 2012/13.
Previsão internacional
Após considerar o Brasil, no último mês, como maior produtor de soja da temporada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) também reduziu as projeções para a safra do país na última segunda-feira (10). A previsão para a oleaginosa no país caiu de 90 milhões de toneladas para 88,5 milhões de toneladas. A projeção para a safra norte-americana se manteve em 89,51 milhões de toneladas.
Conforme apresentado no relatório emitido pelo órgão, o fator determinante para a redução foram os extremos climáticos. Apesar das avaliações, Mafioletti ressalta que a quebra nesse patamar não chega a afetar drasticamente a produção nacional. “O Brasil tem ampliado a produção ano após ano e os resultados são positivos para toda a cadeia. Nesta safra foram plantados 2 milhões de hectares a mais que no ciclo anterior, podemos considerar o avanço bastante sustentável”, aponta. 17/03/2014
Agrolink com informações de assessoria
Soja: regiões da Argentina registram recorde de produtividade
.jpg)
Regiões como a província de Córdoba, o norte da província de Santa Fé e o Leste de Entre Ríos geraram um recorde de produtividade de soja nesta safra argentina. Antes na temporada, essas regiões estavam com déficits de chuvas. No entanto, precipitações ocorridas depois de Fevereiro melhoraram os resultados da colheita, informa o Blog AgroSouth News.
A matéria divulgada pelo portal Ámbito Financiero diz que a produtividade alcançada nessas regiões foi de 3,5 ton/ha a 4,8 tons/ha. Por outro lado, a produtividade na região produtiva chamada de Núcleo Sul, que envolve principalmente a província de Buenos Aires, variou de 2,5 ton/ha a 3 tons/ha. 17/03/2014
Agrolink
China cancela 600 mil toneladas de soja

As compras seriam tanto dos Estados Unidos como do Brasil. O motivo é a recente subida de preços da oleaginosa no mercado norte-americano. Também pesa os casos de gripe aviária, que afetam a indústria de fornecimento de ração animal. 17/03/2014
Agronegócio tem superávit de US$ 5 bilhões em fevereiro
Apesar do superávit acumulado, houve queda de 4,8% das exportações nos dois primeiros meses do ano. Em fevereiro, as vendas cresceram em ritmo menor do que as compras. As vendas externas subiram 1,4%, enquanto as compras no exterior cresceram 6,3% na comparação com igual período do ano passado. O movimento pode estar relacionado à queda nos preços das commodities, fenômeno esperado para 2014. No caso de alguns produtos, a quantidade embarcada tem compensado a redução nos valores.
Um exemplo é a soja em grão, principal responsável pelo crescimento do valor arrecadado com as exportações em fevereiro. O volume embarcado do produto saltou de 960 mil toneladas em fevereiro de 2013 para 2,79 milhões de toneladas no mesmo mês deste ano, incremento de 190,7%. O aumento compensou a queda de preço de 35% na comparação com 2013. Graças ao volume vendido, houve alta de 168,3% no valor exportado, de US$ 517 milhões para US$ 1,38 bilhão. Os outros dois produtos do complexo soja, o farelo e o óleo, registraram redução das exportações.
No segundo principal setor exportador em fevereiro, o de carnes, houve fenômeno semelhante. As vendas externas somaram US$ 1,31 bilhão, 4,8% superiores às de fevereiro de 2013. O destaque foi a carne bovina, com elevação de 36,2% no valor exportado, que ficou em US$ 612 milhões no mês. Novamente, o aumento deveu-se à maior quantidade embarcada, que teve crescimento de 40,1% ante fevereiro de 2013, passando de 100 mil a 140 mil toneladas. O preço médio de exportação da carne bovina caiu 3,1% no período. As carnes de frango e suína tiveram queda no valor vendido ao exterior. 17/03/2014
Brasil eleva eficiência agrícola e reduz uso proporcional de defensivo, diz estudo
.jpg)
O Brasil conseguiu reduzir em 3 por cento o gasto com defensivos entre 2004 e 2011, passando de 7,28 dólares por tonelada produzida para 7,05 dólares/tonelada.
No mesmo período, outros grandes exportadores reduziram a eficiência: a Argentina passou a gastar 47 por cento mais e os Estados Unidos elevaram os custos com defensivos em 6 por cento.
Os norte-americanos gastam 10,65 dólares em defensivos para produzir cada tonelada, enquanto os argentinos desembolsam 10,59 dólares.
A melhora do Brasil nas estatísticas está atrelada a uma produção cada vez maior do país com um pequeno aumento de área cultivada --ganho de produtividade, em outras palavras-- com a ajuda do clima que permite o plantio de duas ou até três safras por ano em um mesmo espaço.
"O milho 'safrinha' ajudou a melhorar a matriz produtiva porque tem uma alta produção por hectare", lembrou o presidente da Kleffmann no Brasil, Lars Schobinger, em entrevista à Reuters.
O levantamento abrange todos os produtos agrícolas, como soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, café e hortifrutigranjeiros.
A cana, produto com um peso por hectare bem superior aos dos grãos, com destaque na agricultura do Brasil (maior produtor de açúcar do mundo), ajuda a entender o estudo, uma vez que países como Estados Unidos contam com uma maior produtividade média para cereais, por exemplo, do que o Brasil.
A categoria de defensivos inclui fungicidas, herbicidas e inseticidas, necessários para evitar ataques que poderiam reduzir sensivelmente a produtividade das lavouras.
"O uso de defensivos (no Brasil) é bastante racional e acaba contribuindo no ganho produtivo", disse Schobinger, destacando o recente avanço da produtividade do milho no país, que ainda tem espaço para avançar frente a outros países, como os Estados Unidos.
Em números absolutos, no entanto, o Brasil --com uma agricultura tropical e uma maior incidência de pragas e doenças-- é o país que mais gasta em defensivos, cerca de 7 bilhões de dólares em 2011, superando os Estados Unidos, que desembolsaram 6,7 bilhões de dólares naquele ano.
A pesquisa da Kleffmann abrange o período de 2004 a 2011 porque usa como importante fonte os levantamentos globais da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que divulga dados com atraso.
CLIMA TROPICAL
Por ser um país de clima tropical, onde a incidência de fungos, insetos e ervas daninhas é elevada, o Brasil ainda gasta bem mais em defensivos do que a Rússia, por exemplo. O país da Eurásia, onde o clima frio interrompe o ciclo de vida das pragas, precisa gastar 3,66 dólares para cada tonelada de alimentos.
"Estamos apenas atrás de países de baixa tecnologia ou com uma condição de clima muito diferente da nossa", disse o executivo.
Outro país que se destaca no baixo uso de defensivos é a China, com 1,48 dólares por tonelada produzida. A explicação, segundo os técnicos da Kleffmann, é que a produção na China é feita com baixa tecnologia e alto uso de mão-de-obra.
No outro extremo está o Japão, onde cada tonelada de alimentos demanda o gasto de 127 dólares. A produção no país é intensiva e focada em frutas e hortaliças, que demandam maior número de aplicações.
FUTURO
Além dos ganhos de produtividade, que diluem os gastos com defensivos, Schobinger acredita que a adoção de biotecnologias (como sementes transgênicas) pode ajudar o Brasil a reduzir a aplicação de químicos no futuro.
"Estados Unidos e Argentina têm um clima mais ameno e uma adoção de biotecnologia mais intensa e eficaz que a nossa", disse o executivo.
O uso de sementes resistentes a herbicidas ou de plantas com genes capazes de matar insetos agressores é mais caro, mas acaba por reduzir o número de aplicações necessárias nas lavouras. Esse tipo de tecnologia consolidou-se nas lavouras de soja e milho do país na última década.
Por outro lado, o Brasil tem na sua matriz produtiva diversas culturas onde não há um uso comum de transgênicos (e portanto com menor potencial para reduzir a aplicação de defensivos), como cana, café, arroz e hortaliças. "A complexidade do sistema agrícola brasileiro é muito maior", disse Schobinger.
"Se você pensar no número de pragas que surgiram no Brasil nos últimos 10 anos, consigo lembrar facilmente de duas ou três. Esse tipo de cenário coloca um ponto de interrogação sobre o uso futuro da tecnologia", afirmou o pesquisador, citando a ferrugem asiática, fungo que ataca a soja, e a lagarta Helicoverpa armigera, que tem potencial para destruir lavouras de grãos e de algodão. 17/03/2014
Coreia do Sul sacrifica mais de 6% do plantel de aves para conter gripe

Isso eleva o número total de aves abatidas em granjas para 10,16 milhões, perto de um recorde de 10,2 milhões durante um surto em 2008, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.
Nenhuma infecção humana foi relatada, mas o teste em um cão resultou positivo para anticorpos da gripe aviária, sugerindo que ele foi exposto à doença, sem ser infectado, disse o ministério em um comunicado.
A quarta maior economia da Ásia teve quatro surtos de gripe aviária nos últimos 10 anos, sem nenhum caso de infecção humana relatado.
As vendas de carne de frango em um dos maiores mercados do país, Seul, caíram mais da metade, em média, no mês passado, na esteira da mais recente surto, de acordo com um funcionário do ministério. Não há dados disponíveis para todo o país.
O primeiro caso da Coreia do Sul de H5N8 gripe aviária --diferente da variante que causou mortes humanas em outros lugares na Ásia-- foi detectado em 17 de janeiro em uma granja de patos na província de North Jeolla, a cerca de 300 quilômetros ao sudoeste de Seul.
Cerca de 28 granjas de todo o país foram atingidas pela doença, informou o ministério.
A Coreia do Sul tem reforçado as medidas de desinfecção para as aves migratórias, a fonte suspeita do presente surto, em 37 locais em todo o país.
A China tem enfrentado uma onda de casos de gripe aviária H7N9 humanos e mortes em 2014. 14/03/2014
Frango: Vivo se valoriza, mas poder de compra do produtor recua

A relação de troca, que era de 4,84 quilos de milho para cada quilo de frango nos primeiros 13 dias de fevereiro, passou para 4,4 quilos na parcial deste mês, queda de 9,8%. Comparando-se ao mesmo período de 2013, quando era possível adquirir 5,28 quilos de milho com a venda de um de frango, o poder de compra do avicultor paulista recuou fortes 16,5%. Segundo pesquisadores do Cepea, os altos patamares de preços do milho são explicados pelo clima adverso, que implicou no atraso da colheita da temporada de verão e no cultivo da segunda safra. Para o frango vivo, a valorização, verificada principalmente ao longo de fevereiro, esteve atrelada à baixa oferta de animais para abate, resultado de uma possível redução do alojamento em meados de janeiro. Além disso, o calor intenso gerou perdas de animais e dificuldades no ganho de peso. 14/03/2014
Mais de 90% da produção de algodão do Nordeste virá da Bahia
A Bahia será responsável pela produção de 91% do algodão em pluma de todo o Nordeste na safra 2013/14. O Estado baiano deve colher 479 mil toneladas da fibra, conforme último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
As outras 47 mil toneladas produzidas no Nordeste virão praticamente dos estados do Maranhão (29,5 mil/t) e Piauí (17 mil/t). A estimativa de produção de algodão em pluma em toda região é de 525,8 mil toneladas.
De acordo com a Conab, a Bahia também é o segundo produtor nacional de algodão. O Estado aumentou em 17,3% a área destinada para o cultivo da fibra, saindo de 271,4 mil hectares na safra passada, para 318,4 mil hectares na safra 2013/14. Os cotonicultores baianos já finalizaram o plantio da cultura no Estado. 14/03/2014
Da Agrolink
Autor: Lucas Rivas
Maior produtora de bananas no RN vai deixar de exportar
A justificativa é a dificuldade da empresa em “sustentar os altos custos e um mercado Europeu fraco, aliado a condições internas desfavoráveis”, como, por exemplo, as condições climáticas que provocaram dois anos de estiagem no estado. Este foi o relato da empresa em comunicado oficial publicado ontem na imprensa.
A Del Monte fará mudanças essencialmente na área da banana, de maneira a converter em uma empresa de menor porte. Nesse ínterim, ela disse que buscará outras alternativas de culturas. A comunicação aos clientes da empresa sobre a mudança foi realizado ainda em dezembro do ano passado, segundo o comunicado.
A empresa possui área de produção de frutas - banana, abacaxi e melão - nos estados do RN e Ceará, oferecendo emprego direto a mais de 6.900 trabalhadores e com uma logística de mais de 10 mil contêineres por ano, exportados via o Porto de Natal. A Tribuna do Norte procurou os representantes da empresa no Brasil durante todo o dia de ontem para maiores esclarecimentos, no entanto, eles não estavam disponíveis para entrevista.
Ainda em 2013, a empresa alcançava a -0posição de sexta colocada entre as principais empresas exportadoras do Rio Grande do Norte, com um valor total de U$$ 10.775.931 movimentados. No entanto, sofreu uma queda de 17,80% nos índices de exportação entre o ano de 2012 e 2013. Até o final de janeiro, a empresa se mantinha na 10° colocação no ranking das exportadoras potiguares.
Segundo Roberto Barcelos, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex), as exportações brasileiras tem a competitividade reduzida em relação a países concorrentes por terem de pagar taxa de importação na Europa. 14/03/2014
Calor e seca ameaçam produtividade da soja em regiões do país, diz Somar

"Ainda é cedo para mensurar com exatidão as reais perdas nos índices de produtividade, mas é fato que a safra brasileira de soja terá reduções significativas este ano, por causa da baixa disponibilidade hídrica e do forte calor que vem sendo registrado desde o início do ano", disse o instituto de meteorologia, em nota.
Somente as lavouras do Mato Grosso --principal Estado produtor-- apresentam condições bastante satisfatórias ao seu desenvolvimento, já que as chuvas no Estado vêm ocorrendo com boa frequência e bons volumes, avaliou a Somar.
Na segunda-feira, a consultoria AgRural disse que produtores de soja de regiões como o Rio Grande do Sul e do Nordeste começaram o mês de fevereiro em estado de alerta em função das altas temperaturas e chuvas escassas.
A consultoria manteve a previsão de safra do Brasil em um recorde de 88,8 milhões de toneladas, mas não descartou reduções na previsão até o final de fevereiro, "caso a onda de calor continue combinada à irregularidade das chuvas".
Em Goiás, por exemplo, a colheita está avançada, mas as produtividades decepcionam os agricultores, inclusive com antecipação do ciclo das lavouras precoces devido à seca, avaliou na semana passada a expedição técnica Rally da Safra, acompanhada pela Reuters.
No entanto, "as maiores quebras irão ser observadas nas variedades de ciclo mais longo", alertou a Somar.
Cerca de 80 por cento das lavouras deverão ser colhidas após a segunda quinzena de fevereiro e, tanto nesta semana quanto na próxima, será mantido o padrão de tempo mais seco e quente em boa parte do Brasil, com exceção apenas para o Mato Grosso e regiões produtoras da região Norte, disse a Somar. 05/02/2014
Mapa desmistifica prática de uso de hormônios na criação de aves
Um dos grandes mitos brasileiros está autorizado a ser desmentido em embalagens. Empresas produtoras de carne de aves que possuem o registro do Serviço de Inspeção Federal (SIF) podem inserir no rótulo a informação sobre a não utilização de hormônios durante a criação de aves. A decisão do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Dipoa/Mapa) tem o objetivo de desmistificar esta prática junto à população brasileira.
De acordo com o diretor substituto do Dipoa, Leandro Feijó, esta autorização se constitui em um "divisor de águas" para o setor: “Os consumidores precisam ser informados adequadamente e ter a segurança de que não existe este procedimento no país, considerando os avanços e investimentos realizados pelo setor produtivo de aves para aprimoramento da genética, nutrição e manejo desses animais”, destaca.
As empresas poderão utilizar a seguinte frase: "SEM USO DE HORMÔNIO, COMO ESTABELECE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA". A informação é de caráter facultativo, sendo que a empresa deverá atentar para a inserção da mesma no painel secundário da embalagem, conforme disposto na Instrução Normativa nº 22/2005 em seu item 2.18.3.
Segundo pesquisa encomendada pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) a um instituto de referência, que tratou sobre hábitos de consumo do brasileiro, cerca de 72% da população ainda acredita que hormônios sejam utilizados na criação de frangos. 05/02/2014
Helicoverpa armigera se espalha por São Paulo

As amostras vieram de várias regiões do estado, e foram identificadas pelo Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), da Universidade de Campinas (Unicamp). O estudo foi realizado pelo agrônomo Thiago Mastrangelo, pós-doutorando no CBMEG.
“Acredito que a questão agora não é mais onde essa praga exótica está presente, mas onde não está”, alerta o especialista. Apenas em São Paulo, as cooperativas prevêem perdas na safra atual da ordem de mais de R$ 1 bilhão nas lavouras de milho, soja, feijão e algodão. 05/02/2014
Argentina constrói “muro de soja”

“Esse é um panorama muito complicado. Existe uma grande perspectiva de desvalorização [do Peso argentino]. Existem medidas parciais do governo todos os dias e um falta de confiança significativa no mercado. O governo disse por muito tempo que nunca desvalorizaria a moeda”, explicou Pablo Fraga, analista de mercado na BLD (Rosario) ao jornalista Luis Vieira, do Portal Agriculture.com. De acordo com ele, vendas significativas de soja não acontecerão antes do meio do mês de março, quando começa a colheita da nova safra.
Enquanto isso, Guillermo Rossia, analista da Bolsa de Comércio de Rosario, acredita que as vendas dependerão da expetativa de melhora do preço da oleaginosa em Chicago. Rossi ainda acredita que os produtores que podem vender trigo, farão isso antes. “É provavelmente a próxima coisa que vai acontecer. Um baixo volume já foi vendido, e existe um grande estoque (nove milhões de toneladas). Existe também uma pequena quota para exportar (1,5 milhão de toneladas ainda permitidos pelo governo)”, explicou.
O governo argentino anunciou este mês grandes mudanças com relação à política cambial, o que devem impactar o mercado de grãos e os produtores argentinos. O anúncio mais relevante foi a liberação para compra de moeda estrangeira, basicamente o Dólar americano. Como consequência, o peso argentino desvalorizou, e um dólar comprava até AR$ 7.99 na sexta-feira passada (24.01) – no mercado oficial. Logo após, no rescaldo, o governo limitou a compra de dólares a até US$ 2 mil por pessoa mensais.
Um peso argentino com valor oficial mais próximo ao dólar paralelo era uma demanda de longa data dos exportadores de grãos, que querem lucrar com vendas externas. Até agora, no entanto, os benefícios são apenas "parciais" para os produtores locais. Segundo Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina, a razão é que a compra de insumos é afetada pelo valor oficial do dólar no país. Outro motivo é que nem todos os produtores estão capitalizados o suficiente para segurar a soja para o mercado externo por muito tempo.
Atualmente, o governo argentino está em desesperada necessidade de reservas, especialmente internacionais (em dólar americano). Rumores dizem que o governo aumentaria as retenções em exportações de soja (agora em 35%). Se isso for confirmado, o setor rural da Argentina entraria em greve.
“O Banco Central da República Argentina segue perdendo reservas. A solução seria mais retenções porque o campo é o único setor que gera dólares na economia, mas não há mais capital político para isso. É só um rumor", disse Fraga. 05/02/2014
Da Agrolink
Despencam exportações de soja dos EUA
O resultado representa uma forte queda de cerca de 38% em relação à semana anterior. Na ocasião foram registradas vendas externas de 73,974 milhões de bushels (segundo números revisados). 05/02/2014
Da Agrolink
Aumenta número de produtores de orgânicos no Brasil
.jpg)
Em 2012, o país contava com 79 Organizações de Controle Social (OCSs) e quatro Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade (OPACs). No ano passado, estes números subiram para 163 e 11, respectivamente.
Como consequência, afirma Rogério, estes números refletem o aumento dos produtores orgânicos em todo o país, porque facilita o registro dos mesmos. No fechamento de 2012, o Brasil contava com cerca de 5,5 mil produtores agrícolas que trabalhavam segundo as diretrizes dos sistemas orgânicos de produção. O ano de 2013 fechou com 6.719 produtores e 10.064 unidades de produção orgânica em todo o Brasil.
A região Sul conta com duas certificadoras, uma OPAC e nove OCSs, que dão credibilidade a 1.896 produtores e 3.165 unidades de produção. Já os 1.463 produtores orgânicos da região Sudeste estão distribuídos entre 41 OCS, quatro OPACs e seis certificadoras que atendem a todo o país. A região Centro-Oeste, que conta com 247 produtores e 269 unidades de produção, possui 18 OCSs e duas OPACs. As regiões Nordeste e Norte não possuem certificadoras, todavia, a região Norte é atendida por 14 OCSs e a Nordeste por 81 OCSs e quatro OPACSs, que controlam 317 produtores na região Norte e 2.796 produtores do Nordeste brasileiro.
“Atualmente, temos mais produtores avaliados por controle social que por certificação por auditoria. A criação destes mecanismos facilitou a transição dos produtores convencionais para o modelo agroecológico, porque diminui a distância e reduz os custos de certificação”, endossa o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.
As perspectivas para 2014 são de continuidade às diretrizes do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que têm como meta atingir um total de 28 mil Unidades de Produção Agroecológicas até 2015. Atuamente, o Brasil conta com 12 mil unidades.
Clique aqui para baixar os dados do setor por estado em 2013, segundo o Cadastro Nacional de Produtores orgânicos.
Saiba mais:
A qualidade dos produtos orgânicos no Brasil é garantida de três diferentes maneiras: com a Certificação, o Controle Social para Venda Direta sem Certificação e os Sistemas participativos de Garantia. Juntos, estes três modelos formam o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg).
Certificadoras – Empresas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que realizam auditorias e inspeções nos processos produtivos, seguindo procedimentos básicos estabelecidos por normas reconhecidas internacionalmente.
Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC) – Organização que assume a responsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas pelo sistema. As OPACs promovem visitas de verificação da conformidade. O objetivo é a troca de experiências entre os participantes do sistema e a orientação dos fornecedores.
Organizações de Controle Social (OCS) ou Controle Social – Processo de geração de credibilidade, necessariamente reconhecido pela sociedade, organizado por um grupo de pessoas que trabalham com comprometimento e seriedade. É estabelecido pela participação direta dos seus membros em ações coletivas para avaliar a conformidade dos fornecedores aos regulamentos técnicos da produção orgânica. 05/02/2014
Irrigação evita quebradeira em São Paulo
Este seria um ano de crise na colônia Campos de Holambra, em Paranapanema (Sudoeste de São Paulo). A expansão da irrigação verificada nas últimas décadas, no entanto, mantém as lavouras verdes. “Se fosse nos anos 80, com a estiagem de dezembro, metade [dos produtores de grãos] estava quebrada”, avalia o produtor Jacobus Derks, que tem 1,3 mil hectares irrigados no município e trabalha há quatro décadas na região.
A microrregião de Paranapanema tem a maior proporção de terras irrigadas na área de grãos do Brasil. Os 40 mil hectares representam perto da metade das plantações, conforme estimativa da Associação do Sudoeste Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha (Aspipp). E mostram como a estruturação da agricultura pode trazer estabilidade ao agronegócio.
Em Paranapanema falta chuva, mas sobra água de rio e reservatório. Não são necessários poços artesianos para irrigação, conferiu a Expedição Safra. Porém, a difusão da tecnologia (pivô central e aspersão) avança contra a corrente. A maior parte dos produtores ainda busca licenciamento ambiental, mesmo com um trabalho intenso de articulação da Aspipp, conta a diretora executiva da entidade, Priscila Sleutjes.
Ela relata que a entidade está envolvida nos debates sobre uso da água e limites dos recursos naturais. Representante dos produtores, afirma que as discussões precisam avançar até para que os rios e represas sejam preservados. Os entraves burocráticos impedem a regularização das áreas, aponta. E as batalhas ainda são conceituais.
“É preciso diferenciar uso de consumo. A água da irrigação para produção de alimentos vai para o lençol freático ou para o rio, não desaparece. Os estados deveriam reconhecer, por decreto, que esse aproveitamento é de utilidade pública e interesse social”, defende. Um decreto nesse sentido muda o rumo das análises dos pedidos de outorga e licenciamento, afirma Priscila.
A irrigação na região do Paranapanema é complementar, explica o presidente da Aspipp, Hubertus Derks. As bombas são ligadas quando falta chuva e garantem cerca de 100 milímetros extras às lavouras na safra de verão. Com as instalações, os produtores cultivam de duas a três safras por ano. Na prática, ganham um ciclo extra, porque comumente passam até dois meses sem chuva na estação mais fria.
Para que uma lavoura comum seja transformada em área irrigada, são gastos R$ 8 mil por hectare, metade só com os equipamentos. A rede elétrica, o serviço de instalação e outras despesas ampliam os custos. A Aspipp estima que os descendentes de holandeses instalados na região de Paranapanema estejam recuperando o investimento em cinco ou seis anos.
Exceção
Com estrutura de irrigação e plantio direto, os agricultores de Paranapanema atingem produtividades um terço acima das médias nacionais. Por hectare, as marcas são de 4,2 mil quilos de soja, 12 mil quilos de milho e 3,6 mil quilos de trigo. Uma diferença que embasa os defensores do uso da água represada em açudes para produção de alimentos. “Um ditado holandês serve bem aqui: é preciso guardar [a água nos tanques de irrigação] enquanto se tem”, aponta Jacobus Derks.
Nas regiões que recebem pouca chuva e não são irrigadas, poucos se aventuram a plantar soja e milho, gastando entre R$ 1,2 mil e R$ 2,6 mil por hectare. As quebras ocorrem quando regiões consideradas boas de chuva, como o entorno de Cândido Mota, são atingidas por veranicos. “A soja precoce não resistiu a 36 dias sem chuva”, disse o produtor Renan Drachemberg, num lote que deve render 25 sacas por hectare, em Maracaí. As chuvas estão mal distribuídas e provocam contraste nas produtividades, disse o agrônomo Wagner Ortiz, da cooperativa Coopermota. 05/02/2014
Safra recorde em 2013 não supre demanda mundial por alimentos
.jpg)
O crescimento populacional e a renda dos consumidores resultam na procura por alimentos que consomem mais recursos para serem produzidos, como as carnes. O tema será debatido no Global Agribusiness Forum 2014, a ser realizado nos dias 24 e 25 de Março.
“Acredito que esta demanda será atendida com aumento de produtividade e produção. Deve haver uma troca de atividades, com a substituição de áreas de pastagens por áreas agrícolas, especialmente no Brasil e países do Mercosul. Aposto também no crescimento da produtividade das áreas agrícolas em todas as regiões produtoras”, comentou João de Almeida Sampaio Filho, presidente do Cosag (Conselho Superior de Agronegócio) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). “Um novo modelo deve ser trabalhado, com cada vez mais produtos de valor agregado e adaptados a cultura dos países compradores”, completa Sampaio.
Estarão presentes no Global Agribusiness Forum os diretores executivos de algumas das organizações internacionais de commodities agrícolas, como: EtsuoKitahara, diretor executivo do IGC (Internacional GrainsCouncil); Jean Marc Anga, diretor executivo da ICCO (InternationalCocoaOrganization); Robério Silva, diretor executivo do ICO (InternationalCoffeeOrganization); e Peter Baron, ex-diretor executivo do ISO (International Sugar Organization). 05/02/2014
NOVIDADES
CALENDÁRIO DE EVENTOS