Ministra da Agricultura: recursos para Plano Safra de 2015/2016 estão garantidos

Kátia Abreu participou nesta quarta-feira (25) de reunião da Comissão de Agricultura da Câmara.
25/03/2015 16h10

 

Audiência pública para apresentação e prestação de esclarecimentos sobre: o Plano Agrícola e Pecuário (Plano Safra) 2015/2016; proposta de Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal/ RIISPOA; Seguro Rural; Fitossanidade e contrabando de produtos; e Defesa Sanitária. Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu
Kátia Abreu defendeu lei agrícola com duração de quatro ou cinco anos

Os recursos para o custeio do Plano Safra de 2015/2016 estão garantidos e sem cortes em relação ao ano passado. Foi o que afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, nesta quarta-feira (25), ao responder os questionamentos dos deputados na reunião da Comissão de Agricultura da Câmara.

O plenário da comissão estava lotado e, durante três horas, a ministra apresentou parte de sua equipe e foi elogiada pelos deputados. Kátia Abreu chegou a contar um diálogo em tom de brincadeira entre ela e a presidente Dilma Rousseff, em que ambas se comprometem a lutar por recursos junto ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Na reunião do grupo onde tinha vários ministros, ela disse: Kátia, nós duas não usamos as unhas muito grandes, mas vamos deixar crescer as minhas e as suas para a gente amolar bem amoladinhas para nós duas enfrentarmos o Joaquim no Plano Safra, porque nesse eu quero estar ao seu lado. Foi uma brincadeira, mas ele entendeu o fundo da brincadeira. Mas, na verdade, o ministro Joaquim, eu tenho que ser muito sincera, ele tem dado uma abertura e um espaço enorme para conhecer o setor."

Kátia Abreu defendeu que, em substituição ao Plano Safra anual, o Brasil tenha uma lei agrícola com a duração de quatro ou cinco anos, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos e na União Europeia. A ministra anunciou ainda que será criada uma agência de desenvolvimento para os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que terá o nome de Matopiba. O foco será o desenvolvimento da classe média rural.

"Quem aqui participa da produção conhece isso, os produtores saem do sul do país, se transferem para o centro-oeste, desenvolvem enormemente uma região, mas os nativos ficam boiando em um satélite em volta, normalmente em uma grande pobreza local. Os produtores são culpados? Não, óbvio que não. Falta estratégia e planejamento para que isso possa ser superado. Então o Matopiba vai cuidar de infraestrutura, sob todos os aspectos."

Segundo Kátia Abreu, nos próximos dias a presidente Dilma Rousseff irá publicar o decreto de criação da nova agência de desenvolvimento do Matopiba.

Reportagem — Daniele Lessa
Da Agência Câmara Notícias