Comissões promovem debate sobre saneamento ambiental rural
Tatto explica que, segundo dados do IBGE, no Brasil, cerca de 29,9 milhões de pessoas residem em localidades rurais, totalizando aproximadamente 8,1 milhões de domicílios. “Os serviços de saneamento prestados a esta parcela da população apresentam elevado déficit de cobertura”, argumenta.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2012), apenas 33,2% dos domicílios nas áreas rurais estão ligados a redes de abastecimento de água com ou sem canalização interna. No restante dos domicílios rurais (66,8%), a população capta água de chafarizes e poços protegidos ou não, diretamente de cursos de água sem nenhum tratamento ou de outras fontes alternativas geralmente inadequadas para consumo humano.
Quando são analisados dados de esgotamento sanitário, apenas 5,2% dos domicílios estão ligados à rede de coleta de esgotos e 28,3% utilizam a fossa séptica como solução para o tratamento dos dejetos. Os demais domicílios (66,5%) depositam os dejetos em “fossas rudimentares”, lançam em cursos d´água ou diretamente no solo a céu aberto.
“Este cenário contribui direta e indiretamente para o surgimento de doenças de transmissão hídrica, parasitoses intestinais e diarreias, as quais são responsáveis pela elevação da taxa de mortalidade infantil”, argumenta.
Foram convidados:
- representante da Fundação Nacional de Saúde (Funasa);
- representante da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
- representante da Caixa Econômica Federal; e
- representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O debate será realizado às 14 horas, no plenário 8.
Da Agência Câmara Notícias