Comissão debate sobre os efeitos dos estados livres da aftosa sem vacinação

Reunião realizada nesta terça-feira (8) foi requerida pelos Deputados Jerônimo Goergen (PP-RS) e Schiavinato (PP-PR)
09/10/2019 17h41

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Comissão debate sobre os efeitos dos estados livres da aftosa sem vacinação

Com o intuito de discutir os efeitos, possibilidades e alternativas para o fim da vacinação contra a febre aftosa no Brasil, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realizou audiência pública na tarde desta terça-feira (8).

De acordo com Norberto Ortigara, Secretário Estadual da Agricultura e Abastecimento do Paraná, a doença foi reduzida a nada, em que o último caso no estado foi em 2005. Para ele, não há necessidade de se despender tantos recursos para uma doença erradicada. “A retirada da vacinação é um momento decisório, difícil, mas importante e aumenta a responsabilidade de todos. Nós paramos de usar esse dinheiro para uma doença que não temos mais e vamos usar outra estratégia de inteligência”, disse.

Na ocasião, a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Luciane de Cássia Surdi, mostrou a experiência do estado com a retirada da vacina — preocupações anteriores e resultados obtidos.

O pedido para a realização do debate é dos deputados Jerônimo Goergen (PP-RS) e Schiavinato (PP-PR), por meio dos requerimentos n.º 79/2019 e n.º 103/2019, respectivamente. Segundo os deputados, é preciso esclarecer ao setor sobre a importância comercial e produtiva da retirada da vacinação. “A retirada da vacinação mostrará ao mundo a defesa sanitária confiável do Brasil, o que permitirá o país exportar para mercados que remuneram melhor”, explica Goergen, em sua justificativa.

No texto, Schiavinato reforçou que, até o momento, somente Santa Catarina detém o título de estado livre da enfermidade sem o uso de vacinas e que “nos últimos anos, o estado do Paraná adotou normas rígidas de biossegurança animal objetivando ser um estado livre da doença”.

A audiência pública reuniu também o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários, Bruno Cotta, e o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários, Diego Viali, ambos do Ministério da Agricultura (MAPA).


Dávini Ribeiro – Estagiária de Jornalismo