Comissão de Agricultura debate o sistema nacional de defesa agropecuária
Will Shutter/Câmara dos Deputados
Deputado Evandro Roman, autor do requerimento que solicitou a audiência
Segundo o autor da proposição, deputado Evandro Roman (PSD-PR), para fomentar o comércio exterior de proteína animal “são necessários serviços veterinários bem estruturados, capacitados e aptos para detecção e adoção precoce das medidas de controle e erradicação de doenças. ”
Responsabilidade compartilhada
O presidente do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), Inácio Afonso Kroetz, explicou que a sanidade animal no Brasil é baseada em responsabilidades compartilhadas entre os serviços veterinários estaduais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e o setor privado, que precisa de certificação para comercializar os produtos e abrir mercados em conformidade com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A padronização e a harmonia dos procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar são fundamentais para o sistema nacional de defesa agropecuária, segundo o secretário de Defesa Agropecuária Substituto do MAPA, Jorge Caetano Júnior. Ele defende o avanço tecnológico tanto para a produção agropecuária quanto para a defesa sanitária e fitossanitária.
Para o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal do MAPA, Ronaldo Carneiro, o equilíbrio, a comunicação e a transparência entre os órgão e entidades responsáveis pela sanidade animal e saúde vegetal são indispensáveis. " Se um vai mal, todos vão mal. Se todos vão bem, o progresso é certo", destacou.
Ameaças e demandas
Para os debatedores, as zoonoses são as principais ameaças da cadeia produtiva pecuária e aviária que podem impactar a exportação brasileira. Segundo explanações, ainda existe demanda por reforços para o sistema nacional de defesa agropecuária, incluindo a fiscalização de fronteiras.
Luciana Medeiros
Estagiária de Jornalismo