A abertura da sessão deu-se com o discurso de representantes dos partidos do PJB. A primeira oradora foi a Dep. Júlia Puke (PE), do Partido Democrata Conservador (PDC), que relembrou em sua fala a jornada de todos os estudantes selecionados no PJB, desde a fase de inscrição, passando pelos desafios da pandemia até a reunião final. “Conseguimos aproveitar muito daquilo que o programa oferece, que não é somente a vivência do processo político e democrático, mas a oportunidade de conhecer novas pessoas e culturas”, destacou.

O primeiro projeto da pauta propõe a regulamentação da fiscalização do uso das cotas para entrada em institutos de ensino superior. O PL663/2020 contou com o apoio de diversos deputados, que ressaltaram a importância da conquista da lei de cotas e reiteraram a necessidade de supervisão para o avanço da política pública em questão. O relator do projeto, o Dep. Vítor Fonseca (PA) defendeu que é essencial corrigir as atuais falhas na lei de cotas e destacou a gravidade das fraudes raciais, que deve ser tratada como uma medida paliativa para minimizar as desigualdades sociais em nosso país. Após os pronunciamentos e a orientação dos partidos, seguiu-se a votação simbólica e o projeto de lei por aprovado com sucesso.

Já o segundo projeto, PEC 1012/2020 que se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), recebeu declarações mais calorosas. A proposição, que sugeria uma reforma na segurança pública, marcada pela desmilitarização, seguiu com divergências durante a discussão. Por um lado, foi questionado a competência da unificação das polícias, a autonomia da PM e a manutenção das políticas de combate ao crime organizado. Do outro, foi defendido a necessidade de aprovação devido ao fracasso institucional no combate a violência, a quantidade de vítimas fatais em confrontos e o caos promovido na segurança pública, especialmente em áreas periféricas.

Por se tratar de uma PEC, foi realizada uma votação nominal entre os deputados presentes, para confirmar a adesão do quórum. Devido a necessidade de aguardar a chegada de alguns faltosos, o embate se acentuou e houve divergências em relação a aprovação da matéria. Apesar dos conflitos, a assessoria parlamentar confirmou a orientação aos participantes e a proposta foi aprovada.

Dessa forma, seguiu para os discursos finais da reunião, com as falas de Ana Marusia e Corina Castro, servidoras da Câmara dos Deputados. Ana Marusia declara aos jovens: “Somos pioneiros em fazer o PJB de forma totalmente virtual. Eu sei o que significa ser jovem em 2020 quando todos os sonhos são interrompidos. Vocês e nós, fizemos, mesmo com todos esses desafios tecnológicos, com que nossas vozes ecoassem”. A emoção tomou conta das coordenadoras estaduais Diana Braga (PA) e Gilcélia Melo (SE). Que demonstraram orgulho pelo desempenho dos jovens e os incentivaram: “Vocês têm o poder de transformar. Vocês fazem sim diferença”. De modo geral, todas elogiaram com bastante admiração a participação e o interesse dos jovens pelos processos democráticos do país e reforçaram a importância da participação popular para uma sociedade mais justa.

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