Na manhã de 21 de abril de 1960, como parte do programa de inauguração de Brasília, houve a instalação solene dos Três Poderes na cidade, marcando a sua condição de nova capital da República. A Câmara dos Deputados, que havia discutido e aprovado todos os projetos de interesse para efetivar a transferência da capital, empreendeu grande esforço para promover a mudança de funcionários, parlamentares e suas famílias, bem como documentos, materiais e equipamentos.

Como afirmou Neiva Moreira, que coordenou o trabalho de mudança da Casa, “Para a Câmara, cumprir a sua própria Lei, honrar a data que aprovara, livremente, quando o Executivo ainda vacilava sobre os prazos, era, a nosso ver, questão fundamental. Chegando juntamente com a Presidência da República e os gabinetes ministeriais, a Câmara expressava a aspiração nacional, colocava-se na corrente histórica de fazer o Brasil avançar “cinquenta anos em cinco”, na visão de Juscelino, ou seja, a rápida transformação do país. Os sacrifícios pessoais e coletivos foram imensos, mas infinitamente menores do que o rendimento político da mudança e o excepcional privilégio de, num ou noutro campo, se estar, também, fazendo História.” (Brasília Hora Zero, pp. 19-20)

Veja também: