Radioagência

Os integrantes da CPMI Mista da Petrobras saíram do STF, Supremo Tribunal Federal, na noite desta terça-feira (23) sem os documentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal. Segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, o processo só será enviado ao Legislativo depois da homologação do processo pela Justiça.

"Esta delação precisará ainda ser certificada pelo Supremo Tribunal haja vista a presença no processo de pessoas com o foro privilegiado. Estando presentes nos autos, toda matéria será compartilhada com o Legislativo"

Vital do Rêgo ressaltou que a delação premiada é o "caminho da apuração" e não a prova em si.

Os integrantes da CPI Mista se reuniram com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, para pedir acesso imediato aos documentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa. Preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Costa teria acusado autoridades, entre parlamentares, ministros e governadores, de participação em desvio de dinheiro da Petrobras.

De acordo com o líder do DEM, deputado Mendonça Filho, de Pernambuco, o ministro Teori Zavascki, relator do processo relacionado à Lava Jato no Supremo, expôs aos parlamentares as dificuldades e os elementos que precisam ser seguidos para obedecer a legislação da delação premiada.

"Eu mesmo defendo, mesmo sendo da oposição e que quer a apuração na totalidade, que se guarde total zelo de responsabilidade com processo sério."

Vital do Rêgo confirmou que a comissão só volta a se reunir depois do primeiro turno das eleições, em 5 de outubro. Ele falou, porém, que as investigações não ficarão paradas à espera dos depoimentos de Paulo Roberto Costa.