24/07/2014 15:40 - Direito e Justiça
24/07/2014 15:40 - Direito e Justiça
O capitão da Marinha Paulo Ricardo de Souza e Souza negou, nesta quinta-feira (24), em depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, qualquer irregularidade em parceria do Ministério da Marinha com o laboratório Labogen. Souza é testemunha de defesa no processo contra o deputado André Vargas, do PT paranaense. Vargas é investigado por supostamente ter atuado em favor da Labogen, que pretendia fechar um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de remédios. A empresa seria um laboratório de fachada do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na operação de combate à lavagem de dinheiro. O deputado nega as acusações.
O capitão Paulo Ricardo negou conhecer Vargas, o doleiro Alberto Yousseff e explicou que, até o cancelamento do contrato da Labogen com o laboratório farmacêutico do Ministério da Marinha, que produziria medicamento contra hipertensão para o SUS, todos os procedimentos técnicos estavam corretos. A empresa procurou o laboratório da Marinha para produção do medicamento, que encaminhou o processo de autorização para o Ministério da Saúde.
O deputado André Vargas novamente não compareceu ao convite para ser ouvido no Conselho de Ética. Segundo o advogado de defesa, Michel Saliba, o deputado só vai falar após todas as testemunhas serem ouvidas.
"Nós aguardamos a instrução. Se todas as testemunhas arroladas forem ouvidas, ele vai comparecer no momento certo, seja na semana que vem ou na outra semana. Ele quer comparecer, ele quer vir ao Conselho de Ética, mas não comparecerá numa data açodada, que não respeita a oitiva de todas as testemunhas."
O relator do processo, deputado Júlio Delgado, do PSB mineiro, garantiu que vai apresentar o seu parecer no dia 05 de agosto, quando a Câmara irá realizar o esforço concentrado.
"O capitão Paulo é um funcionário do laboratório de farmácia da Marinha eminentemente técnico. O que ele deixou claro aqui é que o parecer que ele deu lá atrás, que dependia ainda de uma vistoria in loco da Labogen, é um parecer técnico baseado no encaminhamento do laboratório maior que é a OMS. Quer dizer, ele não conhecia nada do processo, e não pode ajudar nada a uma assinatura de convênio. Vamos cumprir o prazo e vamos apresentar nosso parecer e nosso voto e espero que isso aconteça na semana do esforço concentrado."
O prazo para ouvir testemunhas e realizar diligências acaba na próxima terça-feira (29).
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