30/04/2013 14:57 - Educação
30/04/2013 14:57 - Educação
Dos 25 milhões de alunos do Ensino Fundamental matriculados nas escolas públicas de todo o país, mais de 500 mil têm algum tipo de deficiência. Eles estão em escolas especiais ou em turmas regulares, misturados aos alunos sem deficiência.
A ordem do Ministério da Educação é incluir, fazer com que esses alunos, sempre que possível, estudem em escolas comuns. Apesar de demandarem mais atenção, já que às vezes precisam de ajuda para fazer atividades simples, como ir ao banheiro, não existe obrigação de haver um ajudante para o professor que tem um deficiente em sua classe.
É justamente essa situação que um projeto de lei que está na reta final de tramitação na Câmara dos Deputados (PL 8014/10) pretende melhorar. É o que explica o deputado Alex Canziani, do PTB paranaense, que avaliou a proposta na Comissão de Educação:
“É um projeto da maior relevância. E a ideia é prever a possibilidade de nós termos cuidadores para que nas classes onde houver alunos com deficiência, nós tenhamos cuidadores auxiliando na educação, dando um atendimento mais personalizado”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação já prevê atendimento especializado a estudantes com deficiência, mas não necessariamente na turma em que estudam. Mas o que o autor da proposta, deputado Eduardo Barbosa, do PSDB mineiro, defende é que, nos casos em que for necessário, esse atendimento seja obrigatório, por meio de um cuidador, dentro da sala de aula regular.
Adriana Riccie, mãe de um jovem com uma síndrome rara, apoia a iniciativa.
“O professor já tem um trabalho muito grande na adaptação de uma criança especial na turma. Então, para que não atrapalhe o andamento, a presença de um cuidador é extremamente importante”.
Adriana pagou uma cuidadora do próprio bolso para que o filho tivesse acompanhamento nas turmas em que estudou, porque a escola particular não oferecia o serviço. Mesmo com o gasto extra, ela avalia que valeu a pena, porque ajudou no desenvolvimento do filho.
“A cuidadora foi extremamente importante justamente nessa socialização dele. De fazê-lo interagir com outras crianças, de fazer com que ele pudesse fazer as mesmas coisas que outras crianças. Ela funcionava como uma facilitadora”.
A proposta de obrigar a presença de um cuidador nas turmas em que houver estudantes deficientes está sendo avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça - a última das três comissões que analisam a questão na Câmara. Se aprovada, segue direto para análise do Senado.
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