19/09/2017 15:54 - Política
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O relator da CPI Mista da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que os irmãos Batista não deverão ser os primeiros a serem ouvidos pela comissão de inquérito.
Marun confirmou que apresentará um plano de trabalho nesta quarta-feira (20) e, na mesma reunião, a comissão deverá aprovar os primeiros requerimentos, entre os mais de 140 já apresentados.
Entre os pedidos, estão os de convocação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da empresa J&F e responsáveis pela delação premiada que envolveu o presidente da República, Michel Temer.
Para Carlos Marun, no entanto, é preciso saber antes que tipo de provas os empresários têm.
"Não tenho a intenção de fazer dos irmãos Batista os primeiros convidados a falar. Mentir, eles já mentiram bastante. Mentir de novo não adianta. Penso em encaminhar um requerimento a eles para verificar que tipos de provas eles têm."
Além dos irmãos Batista, também há requerimentos para que compareçam à CPMI executivos da empresa J&F e o ex-procurador Marcelo Miller. Ele é suspeito de ter cometido crimes de organização criminosa, obstrução das investigações e exploração de prestígio, orientando os irmãos Batista.
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, cujo mandato terminou no domingo (17), também pode ser convidado pela CPMI. Janot foi substituído nesta segunda (18) pela procuradora Raquel Dodge.
Além disso, há um pedido de convite ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que esclareça sua ligação com o grupo dos irmãos Batista. Ele já ocupou a presidência do Conselho de Administração da J&F.
Há ainda pedidos de compartilhamento de dados da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União.
O presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), também quer que a Polícia Federal ceda um delegado integrante da Operação Lava-jato para colaborar com os trabalhos da comissão.
O foco da CPI Mista inicialmente eram os empréstimos do BNDES às empresas JBS e J&F, entre 2007 e 2016.
Mas o relator dos trabalhos, deputado Carlos Marun, já falou que pretende ampliar as investigações para apurar possíveis irregularidades no acordo de colaboração premiada dos irmãos Batista com a Procuradoria-Geral da República.
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