08/08/2017 19:22 - Relações Exteriores
08/08/2017 19:22 - Relações Exteriores
O Brasil vai ser o último sócio fundador a ratificar o protocolo de adesão da Bolívia ao Mercosul. Argentina, Paraguai e Uruguai já terminaram seus processos.
Em audiência pública da Representação Brasileira do Parlamento do Mercosul, (nesta terça-feira, 8), o convidado do Itamaraty, ministro Otávio Brandelli, destacou os investimentos brasileiros na Bolívia, com indústrias farmacêuticas, de cimento e de bebidas. Ele também lembrou os êxitos na política macroeconômica do país vizinho, como o crescimento do Produto Interno Bruto e o controle da inflação. O diplomata afirmou que a entrada da Bolívia no Mercado Comum do Sul só trará benefícios.
"A Bolívia é o nosso principal fornecedor de gás natural. O Brasil, do que exporta para Bolívia, mais do que 90% são bens industriais; então, a Bolívia é um mercado importante para o Brasil assim como o Brasil é um mercado importante pra Bolívia. (...) A História do Mercosul em 25 anos é de que todos os países saíram ganhando: houve mais prosperidade, melhor ambiente de negócios e crescimento econômico."
Deputados e senadores também se posicionaram a favor do ingresso da Bolívia no bloco econômico. O presidente da representação brasileira, deputado Celso Russomano, do PRB de São Paulo, reforçou que, entre os países que fazem divisa com o Brasil, a Bolívia tem a maior fronteira seca. Ele destacou também a migração entre as duas nações. Russomano não acredita que a recente suspensão da Venezuela do bloco influencie o processo de adesão da Bolívia e lembra que o Paraguai também foi suspenso anteriormente e hoje é um exemplo dentro do Mercosul.
"O Paraguai cresce hoje assustadoramente, com uma economia forte, com muitas empresas se instalando no Paraguai. É assim que a gente pretende que o Mercosul cresça."
O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul informou que a votação do protocolo de adesão da Bolívia está marcada para quarta-feira, dia 16. Depois, o assunto vai ser examinado pelas comissões de relações exteriores da Câmara e do Senado. Assim que o País for aceito como membro efetivo do Mercosul, terá quatro anos para se ajustar a itens como a Nomenclatura Comum, a Tarifa Externa Comum e o Regime de Origem, que estabelece critérios para que um produto seja considerado originário do bloco.
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