16/05/2017 16:33 - Saúde
16/05/2017 16:33 - Saúde
A valorização da família foi apontada por diversos deputados como uma das armas para combater o suicídio entre crianças e adolescentes no Brasil.
Um seminário sobre o assunto foi realizado na Câmara (nesta terça-feira, 16) pelas comissões de Seguridade Social; de Legislação Participativa; de Segurança Pública; e de Ciência e Tecnologia. O mote da discussão foi a repercussão, nas redes sociais, do jogo virtual "Baleia Azul", supostamente associado a incentivos a situações de risco entre adolescentes.
Um dos parlamentares que sugeriram o seminário, o deputado Flavinho, do PSB de São Paulo, disse que certamente há muita coisa boa na internet, mas que há quem a utilize para atentar contra a vida de crianças e adolescentes. Ele sugeriu que pais "invadam" a privacidade dos filhos.
"Melhor invadir a privacidade do seu filho, saber o que está acontecendo, acompanhá-lo de forma responsável, carinhosa, mas incisiva, do que depois enterrar o seu filho e ter essa dor para o resto da vida."
Psicólogas presentes ao seminário lembraram que a adolescência é um período de muitas dificuldades e que diversos fatores podem levar o jovem a sentir o desejo de "sumir". Pode ser o bullying na escola, o desejo de aceitação entre os colegas ou problemas em casa. Outros fatores podem incluir transtornos mentais, como depressão.
Aos pais, a psicóloga Marisa Lobo recomendou que escutem mais os filhos e demonstrem afeto.
"Vivemos numa geração que está sendo conhecida como a do menor digital abandonado. Isso é nada mais do que o caos de crianças e adolescentes que estão crescendo praticamente sob os cuidados da internet, sem a presença dos pais como referência em suas vidas."
Para Marisa Lobo, a prevenção do suicídio deveria ser trabalhada também na escola de forma contínua. A recomendação é a mesma da psiquiatra Fernanda Benquerer, para quem a escola pode identificar estudantes em risco e encaminhá-los a tratamento.
Na audiência, representantes do Google e do Facebook garantiram que as empresas vêm fazendo o possível para garantir a segurança na internet e contam com ferramentas para evitar a divulgação de conteúdos perigosos no Facebook ou no YouTube. As ferramentas incluem a denúncia e o redirecionamento de usuários para organizações de ajuda.
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